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Marca Ambiental
Num mesmo ambiente, diretor, gestor e colaborador trocam ideias sobre as melhores soluções para a empresa. As paredes que separavam as salas dão lugar a um escritório compartilhado, uma tendência moderna colocada em prática pela Marca Ambiental.
A maior empresa de tratamento e valorização de resíduos do Espírito Santo trouxe à vida o audacioso projeto este ano. O objetivo é proporcionar mais proximidade, despertar a criatividade e potencializar os processos produtivos entre todas as áreas administrativas.
“Queríamos melhorar nossa estrutura física e percebemos que esta era a hora de pensar diferente e trazer para a prática um ambiente que pudesse ser compartilhado por funcionários de vários setores, em diferentes níveis de hierarquia, no qual as informações poderiam ser repassadas com muito mais agilidade”, destaca Kaliane Garcia, gestora de Recursos Humanos da Marca Ambiental.
Antes, os departamentos ficavam em diferentes locais da sede da empresa, em Cariacica, e, em alguns casos, era preciso até mesmo se deslocar de carro para ir de um até o outro. Agora, quando uma informação precisa ser compartilhada, só é necessário levantar-se da cadeira e ir até o outro lado da sala, que comporta 100 funcionários, mas recebe atualmente 60% da ocupação como medida de segurança para evitar a propagação da Covid-19.
Para Kaliane Garcia, esse novo tipo de ambiente favorece uma construção conjunta de ideias e fortalece a equipe. “Há mais facilidade de comunicação, mais criatividade envolvida. Percebe-se que o trabalho coletivo se sobrepõe ao individual.”
Especialista em ciência da felicidade – que se baseia na psicologia positiva e na neurociência-, Flávia da Veiga, diretora da startup Be Happy, explica que ambientes compartilhados estão em alta nas empresas que se importam com o bem-estar e buscam melhores resultados.
“Um dos principais fatores para a construção de um ambiente feliz, produtivo e confiável é a qualidade das relações sociais. Quando essa proposta de ambiente compartilhado é bem executada, há uma maior e melhor interação, possibilitando a construção de afeto e confiança. Tudo, claro, aliado a boas práticas de convívio social”, destaca.
Segundo a especialista, é necessário que haja respeito pelo espaço do outro e pela privacidade, algo possível quando este processo é bem gerenciado.
“Tenho, também em minha prática profissional, adotado um espaço compartilhado, onde é possível conversar, interagir e cooperar no dia a dia. Neste espaço, pequenos atos de bondade contribuem para o bem-estar de todos”, completa a especialista.
Em busca de um ambiente ainda mais inspirador, a Marca Ambiental apostou também na arte como aliada. Em cada uma das salas de reuniões, foram realizadas pinturas alusivas à coleta seletiva, cores que também nomearam as 6 salas de reuniões existentes no espaço. O trabalho foi realizado por Lívia Campos, artista plástica capixaba formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
“Criei desenhos relacionados à coleta seletiva que trouxessem a cor predominante e algum elemento que representasse (como o plástico, o vidro, papel, etc) em diálogo com características da minha própria linguagem como artista. Dessa forma, em cada sala de reunião, os funcionários poderiam criar um vínculo maior com o que a empresa representa”, destaca a artista, que descreve o papel importante desempenhado pela arte no dia a dia.
“Acredito que trazer a arte para um ambiente corporativo seja uma forma de despertar sensações positivas. A arte pode oferecer, sobretudo, condições para que as pessoas vivam a rotina de trabalho a partir de novos ângulos, cores e formas, contribuindo para uma vivência mais sensível, crítica e prazerosa.”
O ambiente compartilhado e a inserção da arte do dia a dia fazem parte de uma série de iniciativas adotadas pela Marca Ambiental para trazer um ambiente encorajador e sustentável.
A empresa, que tem um grande Parque de Ecoindústrias com soluções completas para os resíduos, adotou nesse ambiente a energia limpa através da instalação de placas fotovoltaicas, gerando 6 MWh/mês, suficiente para abastecer todo esse Centro Administrativo Operacional.
Além de práticas como o gerenciamento adequado de resíduos de construção e demolição gerado durante a obra - cerca de 73 toneladas foram transformados em agregado reciclado -, a inserção da coleta seletiva e o Programa 5S Digital. A empresa ainda vai acrescentar a essas iniciativas, em breve, o sistema de esgoto via biodigestor, além do reaproveitamento da água da chuva.
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