Ao chegar aos 470 anos, Vitória olha para o futuro. Um dos desafios para a Ilha do Mel é crescer de forma sustentável, ampliando a infraestrutura à disposição da população, ao mesmo tempo em que cuida de um de seus maiores patrimônios: o meio ambiente. Para isso, uma série de investimentos já começou a ser realizada.
Na educação, investimentos de mais de R$ 21 milhões foram executados no primeiro semestre, sendo quase R$ 8 milhões em recursos próprios do município. São reformas de estruturas e também construções de novos equipamentos de ensino que atendem à população em diversas regiões da cidade.
“Nos preparamos para a pandemia e para a necessidade de adequação aos protocolos para que os alunos pudessem retornar ao presencial em segurança. Em algumas unidades de ensino, isso significou realizar intervenções para impedir a aglomeração, garantindo uma volta às aulas com segurança do ponto de vista sanitário”, avalia a secretária municipal de Educação de Vitória, Juliana Rohsner.
Em muitos casos, os investimentos significaram a retomada de obras paradas há mais de 10 anos, como a da escola Paulo Freire, em Inhanguetá, cuja construção havia sido iniciada em 2008.
Outra área que recebe investimentos em Vitória é a de infraestrutura. A região da Poligonal 1, que abrange os bairros Bonfim, da Penha, Itararé e São Benedito, recebe obras de saneamento, infraestrutura e lazer que somam R$ 18 milhões.
“Nessa região, realizamos investimentos na rede de esgoto e na recuperação de escadarias. Em Jaburu, estamos construindo uma área de lazer próximo ao mirante, com praça e quadra poliesportiva. Em São Benedito, por conta das características do bairro e sua topografia íngreme, há muita dificuldade em bombear água para a parte mais elevada. Por isso, em parceria com a Cesan, um novo reservatório vai ajudar na distribuição de água”, explica o secretário municipal de Obras da Capital, Gustavo Perin.
GESTÃO DE RESÍDUOS E CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE
Entre os pontos prioritários nos novos investimentos estão as melhorias na destinação de resíduos como esgoto e lixo. Os impactos são sentidos nas praias, áreas verdes e manguezais da cidade.
Uma das mudanças no saneamento e nos cuidados com o meio ambiente da cidade foi a interrupção do lançamento de esgoto in natura na orla da Praia do Canto, próximo à Ponta da Ilha do Frade. Por meio de levantamentos realizados na região, foram identificados prédios que faziam ligação do esgoto na rede de águas de chuva. Proprietários de imóveis foram autuados e a prefeitura realizou intervenções para cessar com a poluição na área, que passou a ser classificada como própria para banho, após anos de restrição.
O descarte de resíduos como lixo doméstico e móveis também mudou na Capital. Na unidade de transbordo de Resistência, o acúmulo de material, da ordem de 15 mil toneladas de lixo, foi removido e levado ao aterro sanitário, atendendo a um desejo da comunidade, que convivia com o mau cheiro.
O serviço Papa-Móveis foi ampliado e, com maior divulgação, cumpre hoje uma importante função ambiental e também social.
“Hoje, a população está mais ciente da função do serviço Papa-Móveis, que recolhe móveis e eletrodomésticos sem uso na casa dos cidadãos, evitando que esses equipamentos cheguem aos manguezais, à baía de Vitória ou a pontos viciados de lixo. Além disso, em parceria com a Secretaria de Assistência Social, temos um programa que destina os equipamentos que ainda têm condições de uso a famílias em situação de vulnerabilidade, dando mais dignidade a esses moradores da cidade. Estamos inovando também na destinação final de eletroeletrônicos. Vitória é a primeira Capital do Sudeste a assinar termo com o Ministério do Meio Ambiente que incluiu Vitória na política reversa. Assim, equipamentos que antes iriam parar no lixo ou seriam descartados de maneira inadequada, agora são enviados para reciclagem e/ou reaproveitamento de peças”, afirma secretário da Central de Serviços de Vitória, Léo Formigão.
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