Mais um caso de feminicídio chocou os capixabas nesta semana. A atendente de padaria Mirelle Figueiredo Peruzia, de 27 anos, foi morta com um tiro na cabeça, na segunda-feira (16), quando seguia para o trabalho no bairro Camará, na Serra. O marido, Isaías Júnior Carvalho, de 41 anos, que confessou ter matado a própria esposa.
A discussão, segundo relato de Isaías, foi por um motivo banal: ele disse que a repreendeu porque ela teria xingado após deixar o celular cair no chão.Segundo a titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, responsável pelo caso, Isaías chegou à delegacia usando a aliança dele e da vítima.
Questionado pela delegada sobre o motivo do uso, ele respondeu que amava a esposa. A titular da DHPM disse que rebateu. "Falei com ele que quem ama não mata". Raffaella Aguiar também afirmou que o assassino "é um feminicida clássico, porque ele tenta justificar o crime bárbaro tentando desqualificar a vítima".
O crime e o motivo banal para o assassinato revoltaram também leitores de A Gazeta, que se manifestaram nas redes sociais:
Deveria ser preso e nunca mais ser solto. Pra esse tipo de crime deveria ser mais severa a lei, as punições. Enfim, nosso país vai continuar com esses crimes contra nós, mulheres, até quando?? As leis devem ser mais severas quanto a isso urgentemente. ?? Daqui a pouco não haverá mulheres.. (Lina Almeida)
Mais uma que se vai. Até quando??? (Priscila Veloso)
Triste!!!!! Mais triste é ver um grupo ainda dizer que é culpa das mulheres! (Carol Pignaton)
Psicopata! Não tem outra explicação, muito triste, que o bom generoso Deus conforte os corações de todos da família, até quando essas barbaridades? (Jorge Neia)
Que a justiça faça com que ele pague, forças a família dessa moça. (Josilene Silva)
Deus conforte os familiares dela. E esse monstro tem que pagar. (Márcia Dias)
Matou e foi ao enterro, monstro, insensível. Infeliz de quem acredita que uma praga dessa vai mudar. Nunca, nunca deem mais uma chance! (Kelsia Sátiro de Souza)
No dia em que vi a primeira reportagem, que dizia que ainda não tinha suspeito do crime, falei "não vai demorar uma semana para o marido aparecer como suspeito", e não deu outra. (Nayara Moreira)
Que motivo fútil pra tirar uma vida... Ou melhor, ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Esse mundo está muito cruel. (Christiane Leal)
Todos os dias a constatação de que ser mulher nesse mundo é ser SEMPRE uma vítima em potencial. Que tristeza!! (Mayara Ramalho Mattos)
Cadeia é pouco para esse monstro. (João Palaoro)
Correção
19 de novembro de 2020 às 22:27
O nome da vítima de feminicídio é Mirelle Figueiredo Peruzia, e não Mirela, como informado originalmente pela reportagem. O texto foi alterado.
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