"Até quando?", questiona leitora sobre caso de feminicídio na Serra

A atendente de padaria Mirelle Figueiredo Peruzia, de 27 anos, foi morta com um tiro na cabeça, na segunda-feira (16), e o marido, Isaías Júnior Carvalho, de 41 anos, confessou o crime

Publicado em 19/11/2020 às 15h26
Atualizado em 19/11/2020 às 22h28
Mirela Figueiredo Peruzia foi assassinada pelo marido com um tiro na cabeça na Serra
Mirelle Figueiredo Peruzia foi assassinada pelo marido com um tiro na cabeça na Serra. Crédito: Acervo pessoal

A discussão, segundo relato de Isaías, foi por um motivo banal: ele disse que a repreendeu porque ela teria xingado após deixar o celular cair no chão.Segundo a titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, responsável pelo caso, Isaías chegou à delegacia usando a aliança dele e da vítima.

Questionado pela delegada sobre o motivo do uso, ele respondeu que amava a esposa. A titular da DHPM disse que rebateu. "Falei com ele que quem ama não mata". Raffaella Aguiar também afirmou que o assassino "é um feminicida clássico, porque ele tenta justificar o crime bárbaro tentando desqualificar a vítima".

O crime e o motivo banal para o assassinato revoltaram também leitores de A Gazeta, que se manifestaram nas redes sociais:

Deveria ser preso e nunca mais ser solto. Pra esse tipo de crime deveria ser mais severa a lei, as punições. Enfim, nosso país vai continuar com esses crimes contra nós, mulheres, até quando?? As leis devem ser mais severas quanto a isso urgentemente. ?? Daqui a pouco não haverá mulheres.. (Lina Almeida)

Mais uma que se vai. Até quando??? (Priscila Veloso)

Triste!!!!! Mais triste é ver um grupo ainda dizer que é culpa das mulheres! (Carol Pignaton)

Psicopata! Não tem outra explicação, muito triste, que o bom generoso Deus conforte os corações de todos da família, até quando essas barbaridades? (Jorge Neia)

Que a justiça faça com que ele pague, forças a família dessa moça. (Josilene Silva)

Deus conforte os familiares dela. E esse monstro tem que pagar. (Márcia Dias)

Matou e foi ao enterro, monstro, insensível. Infeliz de quem acredita que uma praga dessa vai mudar. Nunca, nunca deem mais uma chance! (Kelsia Sátiro de Souza)

No dia em que vi a primeira reportagem, que dizia que ainda não tinha suspeito do crime, falei "não vai demorar uma semana para o marido aparecer como suspeito", e não deu outra. (Nayara Moreira)

Que motivo fútil pra tirar uma vida... Ou melhor, ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Esse mundo está muito cruel. (Christiane Leal)

Todos os dias a constatação de que ser mulher nesse mundo é ser SEMPRE uma vítima em potencial. Que tristeza!! (Mayara Ramalho Mattos)

Cadeia é pouco para esse monstro. (João Palaoro)

Correção

19 de novembro de 2020 às 22:27

O nome da vítima de feminicídio é Mirelle Figueiredo Peruzia, e não Mirela, como informado originalmente pela reportagem. O texto foi alterado.

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