A Prefeitura de Vitória proibiu a prática de frescobol e altinha – jogo que consiste em lançar uma bola para os colegas com os pés, sem deixá-la cair – nas praias da Capital, aos fins de semana de períodos de férias, nos meses de dezembro, janeiro e julho. A Lei nº 9.623, publicada no Diário Oficial da Capital de terça-feira (10), também veta o uso de caixas de som.
A nova regra, que já está em vigor, só vale para praias com menos de 200 metros de extensão. Ilha do Boi, Ilha do Frade e Enseada do Suá, por exemplo, estão entre os locais que a prática das modalidades é proibida.
O texto, no entanto, abre brechas: essas modalidades poderão ser liberada nos fins de semana dos meses de dezembro, janeiro e julho, desde que "o Município identifique e separe as áreas específicas para realização das mesmas".
A medida levantou intenso debate entre os leitores de A Gazeta. Nas redes sociais, muitos comemoraram a sanção da lei, enquanto outros consideraram a proibição muito rígida e defenderam a demarcação de áreas específicas para as modalidades. Confira alguns comentários:
Até que enfim! Toda vez que vou a algumas praias tenho que ficar vigiando para não tomar bolada e devolvendo bola. Invariavelmente vejo alguém sendo alvo de bolada. A faixa de areia é muito pequena para esse tipo de prática esportiva. Quem sabe no dia em que o mar retroceder possa ter uma área apropriada para cada tipo de modalidade. Quanto à opção de aterrar, não acredito que vai solucionar o problema… O avanço do mar é uma realidade não só de Vitória. Precisa de muita intervenção para contornar esse problema.
Como assim, gente?! Esse poder público não tem mais o que fazer, não?
Bairros inteiros alagados, ruas cheias de buraco, falta médico nos postos, desemprego em alta, segurança abaixo de zero e eles tão proibindo lazer nas areias das praias?? Ô, Deus! (Mari Tavares)
Algumas praias em Búzios também é proibido! Penso nos dois lados, tenho filhos que gostam muito. Por outro lado é incômodo, sim, porque infelizmente alguns não têm “desconfiômetro” ... há umas semanas era impossível chegar na água sem ser atingido por uma bola. (Roberta Teixeira de Matos)
Nem precisava de lei, se as pessoas tivessem educação. Se tem muita gente na praia, é só ir para um local menos movimentado. A bola acerta as crianças e machuca. (Geisi Fagundes)
Infelizmente brasileiro leva no DNA a seguinte frase: “se estou te incomodando, você que saia, afinal a praia é pública”. Às vezes as pessoas deixam o “desconfiometro” em casa. (Felipe Sant'Anna)
Triste em ver tantas pessoas chamando quem brinca e pratica esses esportes de sem educação. Penso que o órgão público deveria organizar espaços adequados para essa prática, não proibi-las. Afinal, não há crime algum. Tá certo que pode machucar alguns banhistas, inclusive crianças, mas tenho certeza que não é intencional. E, se houver espaços apropriados, todos podem se divertir sem atrapalhar o próximo. A proibição é um exagero. (Magaly Magnago)
O termo “sem educação” é porque a praia está lotada e, mesmo assim, as pessoas que vão se divertir com o frescobol não pensam: “precisamos de um ambiente mais amplo para que, se acontecer um desvio de bola, ainda assim não acerte ninguém”. Até eu quando ando de bike, com cães, com mochila ou o que for, penso em manter um espaço entre mim e os outros para que não ocorra um acidente. Essa é a educação que as pessoas falam, empatia de preservar a segurança de todos. Surfistas, por exemplo, não surfam em área de banhistas e mantêm a distância. Uma bolada pode atingir uma grávida, o alimento dos outros, o bebê dos outros. (Angel Ronqueti)
Tá certo em proibir, mas tem que haver locais para a prática desses esporte devidamente identificados. Como está hoje é uma bagunça. (Dilson Santos)
Proibir é fácil. Fiscalizar e penalizar que é difícil e/ou impossível. Como as outras coisas são proibidas e se vê de monte nas praias (churrasco, animais, caixa de som etc.) (Marcelo Coelho)
Na última vez em que fui à praia acertaram as minhas coisas e derrubaram minha churrasqueira com a bola. Está certo em proibir, já que essas pessoas não têm educação e bom senso. (Felipe Oliveira)
Uma pena essa lei não funcionar em Guriri. No carnaval, quase acertaram uma bolada na minha barriga, e estou grávida. Deveria ao menos ter um espaço apropriado para isso! (Renata Alvenaz)
O caminho não é proibir, tem que ter espaço para prática dessas modalidades sem incomodar os banhistas. (Fabio Coutinho)
Só sendo lei o povo respeita os banhistas. Quem gosta de jogar essas modalidades que procure o lado da praia que não tem ninguém e fica por lá. (Helinho Barros)
O poder público tem muito mais coisas pra se preocupar. Isso é uma questão de educação mesmo. As pessoas têm o direito de estar na praia e relaxar sem ter que se preocupar com uma bola que vem de repente. Amo esportes, mas só funciona quando se respeita o direito do outro. (Ricardo Rocha)
Gostaria que todas as prefeituras adotassem esssa ideia. É muito constrangedor ir à praia e levar uma bolada no rosto, como já aconteu comigo. (Lael Storche)
Acho que poderia ter um espaço reservado. Não concordo com proibição. Acho que temos direto de utilizar o espaço público. Lembrando que devemos respeitar o espaço dos outros. (Fabrício Sales)
Na Ilha do Boi tem uma placa avisando que aquele espaço é reservado para a prática de esportes, mas infelizmente não respeitam e invadem o espaço. (Jeanice Motta)
Quando as pessoas não entendem o limite entre o seu direito e o do próximo... é isso que acontece. (Priscila Costa Leite)
Acho que a prefeitura tinha que preocupar mais com a qualidade da água do mar. (Léo Costa)
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Proíbe a poluição também, Prefeitura de Vitória. (Ronniely Magnago)
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