"Descobri o autismo aos 60 anos", compartilha leitor

Os testemunhos de pessoas que também tiveram o diagnóstico durante a vida adulta na postagem da Gazeta no Instagram chamaram atenção, após publicação de matéria sobre o assunto

Publicado em 29/06/2023 às 14h30

Após a publicação da matéria "Autismo em adultos: capixabas contam como foi receber diagnóstico tardio", muitos leitores se manifestaram na postagem sobre a reportagem no perfil da Gazeta no Instagram.

Os testemunhos de pessoas que também tiveram o diagnóstico durante a vida adulta chamaram atenção, inclusive o de Alexandre Portes Ribeiro, que descobriu o transtorno aos 60 anos. "Triste que junto com o autismo descobri que a lei não beneficia os adultos", lamentou. 

Abaixo, alguns depoimentos:

Eu era muito infeliz, agora eu entendo todo o ocorrido, e me perdoei. Não tenho mais medo, e com tratamento certo pude recuperar muito tempo perdido. Sou TEA, 41 anos - sou feliz. (Allan Francisco Dos Santos)

Excelente matéria. Autismo não tem cara e é um transtorno neurodivergente, ou seja, não existe um comportamento universal, cada pessoa autista é única com suas próprias características. Também é importante lembrar que não é um modismo, hoje existe um amplo diagnóstico e terapias que são fundamentais e eficazes para a qualidade de vida de quem está dentro do espectro. (Gabriela Matusoch)

É um alívio quando recebemos o diagnóstico. Passei pelo limite, infelizmente muitos profissionais não estão aptos para o diagnóstico. Precisei passar por 4 diferentes para até então conseguir fechar. A partir daí nossa vida faz sentido e as coisas começam a andar. (Lucas Brandão)

Descobri o autismo aos 60 anos. Talvez não mude muita coisa na minha vida, mas pelo menos explica as tensões vividas no passado. Triste que junto com o autismo descobri que a lei não beneficia os adultos. E como é difícil conseguir tratamento ou até mesmo consultas pelo SUS. Como gostaria de melhorar minha qualidade de vida. Um dia ouvi de um autista "até hoje sobrevivi, como gostaria de viver". Penso do mesmo jeito. (Alexandre Portes Ribeiro)

Passei a vida indo em psiquiatras e psicólogos (hoje 35 anos), foi dos 33 aos 34 que fui diagnosticada, até hoje passo muito preconceito. Mas vivo muito melhor sabendo o que tenho. É uma libertação. Azar de quem julga. (Michele Rudio Constantino)

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