A superlotação dos ônibus do Sistema Transcol era um problema antes da pandemia do novo coronavírus e que não foi equacionado pelo governo do Estado neste período de emergência sanitária. A reclamação de usuários é constante. Nos últimos dois meses, foram registradas mais de 17 mil reclamações, via aplicativo Ônibus GV.
Em coletiva na tarde de quinta-feira (06), o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que é difícil lidar com o sistema, apesar de hoje apresentar 40% a menos de usuários.
"Estamos com a frota completa, mas temos linhas que ainda tem um congestionamento e buscamos tomar medidas pontuais. Também instalamos um sistema de monitoramento nos terminais, distribuímos máscaras, remarcamos pontos para os usuários esperarem na fila. Os ônibus saem do terminal com os passageiros todos sentados, mas sabemos que durante o percurso isso pode alterar. O transporte público não é um sistema fácil de controlar completamente", argumentou.
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o governo do Estado protocolou no órgão um ofício informando quais ações está adotando para promover maior segurança nos ônibus e terminais do Transcol. As empresas que operam o sistema serão responsáveis por fiscalizar o embarque de passageiros nos terminais, por exemplo.
Por enquanto, grande parcela da população capixaba que precisa usar o transporte coletivo diariamente continua insatisfeita. É o que mostra o debate levantado nas redes sociais de A Gazeta em torno do tema. Confira algumas respostas:
Nós percebemos que o Casagrande diminuiu o número de ônibus nesta pandemia, e agora eles vivem cheios. Governador, não deu certo. Não precisa ser médico para saber que ônibus lotado aumenta e muito o risco de contágio. Olhe com mais carinho para a população. Devolve nossos ônibus para ser mais generoso, aumenta a frota. (Lucia Helena Izidoro)
Se o governo não consegue controlar o principal foco de contaminação, para que essa sacanagem com abertura de comércio, restringindo o quê? Dificultando a vida de todo mundo para não se contaminar, enquanto o trasporte público anda entupido de gente, tá de sacanagem! Por isso que quem mais morre é pobre, porque rico não anda de ônibus não! (Fabio Gomes)
Aumenta a quantidade de ônibus que diminui a quantidade de passageiros em cada ônibus. Espero ter ajudado. (Alex Santiago)
O povo quando chega o ônibus parece uma boiada passando na porteira, é um empurrando o outro, uma falta de educação. O povo vê que o ônibus já está cheio e não sabe esperar o próximo. E impossível mesmo controlar centenas de ônibus e um povo sem educação. Sem contar uns que entra no coletivo e tira a máscara. (Danny Braz)
Estão cada dia mais cheios os ônibus da Grande Vitória, principalmente nos horários de pico. Temos que orar pra não pegar o coronavírus. Temos que trabalhar e dependemos dos ônibus... Nos horários de pico tinha que ter mais ônibus rodando… (Lucimar Nascimento)
Nenhuma desculpa esfarrapada justifica diminuir a frota de ônibus que serve à população e aumentar exponencialmente a transmissão da Covid. Ou querem manter altas taxas de contaminação, ou querem favorecer a máfia dos transportes públicos. É óbvio, lógico e claro que quanto mais ônibus disponíveis, menos pessoas serão expostas aos vírus. Negar isso ou criar mentiras sobre isso é crime doloso. (Alessandro Diniz)
Um ônibus deveria sair do terminal com passageiros sentados e, antes, um vazio, assim ninguém ficaria aglomerado. Mas quem quer perder esse dinheiro, meu caro? (Jacqueline Trancoso)
Não é difícil controlar, não, governador Casagrande. Você é incompetente, não está preocupado com o povo, está preocupado com seus dois anos de mandato. (José Carlos Cardoso)
É fácil controlar, sim. É só, ao invés de tirar os ônibus da linha que usamos em horário de pico, colocar mais coletivos e não deixá-los parados nos terminais. (Lu Batista)
Estamos ficando uma hora nos pontos. Falta de respeito com a população. (Dalila Rangel)
Muito simples: voltem com a frota normal, pois muitos bairros continuam operando com o horário de sábado, como as linhas 895, 896 etc. (Carlos Roberto)
Não é fácil porque empresários só querem ter lucro, sem qualidade para os usuários! (Max Machado)
Ué, a população não se “controla” aplicando multas e mais multas? Por que nao fazer o mesmo com essas empresas? Controla o transporte rapidinho. (Raphael Nascimento)
Problema antigo e não vai ser agora que vai ser resolvido. A real é que não se importam com a população. Tanto faz para eles a população andar igual sardinha em lata, o que vale para eles é o dinheiro que está entrando. Isso sim. (Carla Porto)
Casagrande que não sabe administrar, um desgoverno total com a população. Se ele e sua equipe tivessem compromisso com a população, estariam colocando os fiscais para trabalhar e não para ficar batendo papo e mexendo no celular nos terminais. Ele não tem é mão firme para agir. (Carlinhos Leite)
Fica difícil controlar a população… Os ônibus estão demorando muito. Na maioria das vezes o passageiro fica 20 minutos esperando, aí ele é 40° da fila. Se pedir para ele esperar o próximo, que vai ser daí a 35 minutos, ele não espera. Ele está vindo do trabalho, está cansado, está doido para chegar em casa… fica complicado. Acho que o governador tem que parar de falar mentira na televisão e começar a olhar para a população a respeito do transporte… Mas como ele não está nem aí para quem usa transporte.... é muito triste isso. (Flavio Moreira)
No início da pandemia, vi um fiscal que quase foi agredido por quatro homens, no Terminal do Ibes, ao pedir para os passageiros aguardarem mais cinco minutos pelo próximo Expresso 533, para não lotar o ônibus. (Fernando Ramos dos Santos)
Cadê os ônibus que tinham falado que iriam colocar mais 100 na rua? Porque às vezes esperamos quase 1h na fila para pegar ônibus vazio… Será que adianta mesmo esperar, como o rádio dos terminais costuma falar constantemente? Tem pessoas que moram em lugar crítico de ônibus com 1h de diferença. Vamos raciocinar, né, Casagrande. (Dayanny Imagawa)
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O problema é a falta de opção. Vivemos em um Estado litorâneo que não tem nem balsas para se locomover. (Robson Gomes)
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