Com 43 óbitos em decorrência de complicações da Covid-19 nas últimas 24h, o Espírito Santo atingiu o maior número de mortes pela doença registrado em quase seis meses. O total não subia tanto desde o dia 1º de julho, quando foram foram contabilizadas 45 mortes — momento do ápice da primeira expansão de casos da pandemia.
Além dos óbitos, esta reta final do último mês do ano segue trazendo alertas para o avanço da doença também com relação ao número de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado, que chegou a 547 pessoas, o maior número registrado desde 17 de julho, momento do pico da pandemia.
Com o aumento do número de casos e óbitos por Covid-19 no país, a Fiocruz lançou uma cartilha com orientações sobre como a população pode diminuir os riscos de transmissão do vírus durante o Natal e o réveillon. Pessoas que receberão convidados ou optarem por comemorar as festividades fora de casa serão expostas a diferentes tipos de contágio e "nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a transmissão da Covid-19", destaca a cartilha.
O aumento do número de mortes e internações no Estado e a proximidade das festas de fim de ano levantaram intenso debate entre os leitores, nas redes sociais de A Gazeta. Confira alguns comentários:
Tudo funcionando normalmente como se tivéssemos sido vacinados, ônibus lotados, Natal e réveillon chegando, pessoas nem aí para o controle da doença, governo e autoridades nada fazem. Estamos descendo a ladeira, essa que é a verdade. (Marília Mudd)
Hoje tive que sair para tirar sangue. Estou grávida e só saio para o essencial mesmo. Campo Grande, em Cariacica, estava lotadooooo! As lojas lotadas.. Povo tudo cheio de sacola na mão, fazendo compras para Natal. Foi me dando um mal-estar de ver isso. Aí fico me perguntando se eu exagero demais, porque nem com meus filhos saio na rua, ou o povo que é sem noção mesmo. (Stephanie)
Pois é... e com o descaso geral da população e autoridades, isso vai piorar. Segue tudo lotado, esburrando de gente. (Ana Ventorim)
A melhor orientação na verdade seria: fique em casa, não dê festa, não receba pessoas de fora. Deixe pra fazer tudo isso ano que vem. É tão difícil assim? Pelo amor de Deus, gente, cadê o juízo de vocês? Vamos acordar pra vida, ou só vão acreditar quando acontecer algo ruim dentro da sua casa? É surreal isso. (Zoraia Lisboa)
Tem pessoas hipócritas. Todos os dias pegamos ônibus lotados, todos espremidos, pior que lata de sardinha. Aí vem um monte de gente falar que não podemos fazer festa. (Jonas Corrêa Dionízio Junior)
Gente sensata não faz nada e não aglomera. O cristão assiste à missa ou ao culto e faz sua oração. Natal é tempo de oração. (Ana Volpini)
Cadê os cloroquina e ivermectina? Negacionistas malditos. (Carlos Moura)
Enquanto o governo não tomar nenhuma providência em passar municípios da Grande Vitória para o risco alto, vai piorar a cada dia. Não pode fechar praias, mas pode exigir uso de máscaras. (Soeli Uliana)
As praias lotadas, botecos e barzinhos lotados… Quem ama a família se cuida, sai pra trabalhar com maior cuidado, porque tem que botar comida na mesa. Quem quer curtir farra é isso aí, 43 mortos. A tendência é dobrar. (Fabio Christo Rocha)
Tantos óbitos. O que o governador está esperando para tomar providências? Esperando o Natal e o réveillon? Adota logo as restrições, que o povo não se conscientiza e não para de se aglomerar. Ou deixa correr solto e sofrer as consequências. Depois não adianta chorar. (Selma Silva)
É assustador? Sim, é assustador! Agora mais assustador ainda é você entrar em ônibus lotado com este alto índice de morte pela Covid… Governo do ES, empresários não estão nem aí. (Nildo Barbosa)
Misericórdia! Está tudo como se fosse normal. Uso de máscara não é obrigatório e infelizmente muitos só fazem aquilo que é cobrado. (Neusa Ferreira)
Muito triste! E as pessoas não se conscientizam que devem cuidar de si e dos outros. (Danielle Araujo)
Está bonito de se ver, né? E a irresponsabilidade ainda prevalece. Vidas se perderão pela irresponsabilidade política, porque o povo brasileiro não tem respeito e amor ao próximo. Se ele não faz, o governo tem o direito de impor. Mas ele não quer, porque o prejuízo financeiro é maior que as vidas perdidas. Para eles os mortos serão somente estatística, como estão apresentando todos os dias. (Joao Carlos Souza)
Quando o governo deixará de ser omisso e recorrerá a medidas para a redução desses números? Os ônibus seguem lotados, pessoas sem máscara em estabelecimentos, não há fiscalização, bares cheios, hospitais lotados... o que tem sido feito? Não é só garantir leitos, mas buscar meios de evitar que eles sejam necessários. (Thiara Pagani)
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