No último sábado (20), um novo decreto do governo do Espirito Santo ampliou as restrições aos estabelecimentos que têm seu funcionamento liberado durante a quarentena. Com a mudança, a venda de roupas, calçados, itens de decoração, ferramentas e eletroeletrônicos, entre outros produtos, está proibida nas lojas do comércio essencial.
A lista dos itens, vedados por não serem essenciais, deverão ser isolados nas prateleiras de estabelecimentos ligados à atividade agropecuária, farmácias, comércio atacadista, hipermercados, supermercados, minimercados, hortifrútis, padarias e lojas de produtos alimentícios.
A mudança surpreendeu os lojistas. "É uma medida altamente punitiva aos empresários, que estão protegidos pela lei com relação ao estabelecimentos essenciais e que agora estão sendo proibidos de vender um produto que já está nas prateleiras", afirmou José Lino Sepulcri, presidente, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
Entre os leitores de A Gazeta, a ampliação das restrições não foi consenso. Confira alguns comentários postados em nossas redes sociais:
Está certo, sim! A ida ao supermercado é para compra de itens essenciais, não é para passear, ficar escolhendo produtos, demorando mais tempo dentro do estabelecimento. Vamos ter muito tempo pra isso. Agora a prioridade é somente alimentos e higiene. Deixem de politicagem! Se continuarmos assim, irresponsáveis, vai ter que proibir tudo! (Sonia Maria Almeida de Abreu)
O governador está correto. Além de reduzir o número de pessoas circulando, ele também não possibilita a concorrência desleal com lojas de eletrônicos que estão impedidas de abrir. Sem contar que tem muito empresário mau caráter que começou a vender arroz e feijão para que suas lojas fossem consideradas essenciais. (David A. Monteiro)
Sou totalmente contrário a essa medida, que retira o meu direito de escolher o que comprar e quando eu precisar. (Anderson Cleyton Fernandes)
É, meu amigo, mas esse direito nos foi tirado pela doença e não pelo governador. Prefiro ficar 15 dias sem esse direito do que 15 dia na UTI sem saber se vou voltar pra casa… (Cristian Janke)
É o cúmulo do absurdo. As lojas, o comércio, quando tem dois clientes tem muito, não pode entrar sem máscaras. Eles estão fazendo o possível para sobreviver. Aí o pessoal das saídas à noite, das baladas, se aglomeram sem máscara e o que fecha é o comércio? Falta raciocínio lógico. (Denilda Pandolfi Basso)
Na Itália foi feito isso, compras somente alimentação, medicamentos, produtos de higiene e limpeza. (Monica Mollik)
Na minha opinião, as pessoas não deveriam parar de trabalhar, pois quem tem recurso, mesmo sem trabalhar, tem como sobreviver. E quem não tem, quem paga aluguel? Acho que sim deveria proibir aglomeração em festa, praia… (Celia Borlini)
Entendo a maioria apoiando o comércio, mas para bens essenciais. Eletro e roupa, pode ficar sem comprar por um período. É justamente para evitar que as pessoas saiam para comprar. Aqui em Portugal estávamos com 10 mil casos diários, abaixou para 500 casos depois dessas mesmas medidas. A diferença que o povo respeita. (Elias Silva)
Isso é bobeira, já que está aberto, ser proibido vender algum item. (Marlete Correia)
Não sabia que esses itens dentro do supermercado seriam uma forma de contaminação da Covid-19. Então, impedir a venda não impede o trânsito das pessoas dentro do supermercado. Por que que não fecha o supermercado de vez também, porque daqui a pouco vão impedir a venda de outro item… (Lorena Pereira)
Só por 2 semanas. Qual o problema? Acho certo, já que as lojas de rua e shopping não podem abrir. Ficaria uma concorrência desleal. (Helena Louzada Martins)
Como não tem shopping e lojas abertas, o povo vai para supermercados aglomerar e passear. Supermercado nesse período é só o essencial. Como o povo não respeita o isolamento, o governo precisa tomar medidas mais drásticas, e com isso todos pagam a conta. (Irinete Vidal)
Quer dizer que se um liquidificador queimar de uma mãe que tem crianças e precisa fazer vitamina, por exemplo, não é essencial? (Larissa Pires)
Aqui em Portugal, se o liquidificador queimar a mãe vai fazer papinha à mão, se a máquina de lavar queimar, vai fazer como antigamente e lavar à mão. Agora já estão começando a liberar, mas ainda não tem muita coisa à venda. (Noeme Souza)
Essas pessoas que apoiam o “fiquem em casa” estão com a situação equilibrada ou são funcionários públicos, pois aqueles que dependem do comércio estão lascados. (Elton Storck)
Acho sem lógica. Se querem proteger a população, deveriam colocar mais ônibus. O povo que precisa sair pra trabalhar vai tumultuado, não temos a opção de pegar um vazio, porque demora tanto que, quando vem, está lotado de novo.Penso que a maior fonte de contágio é nos ônibus. (Neuza Engelhardt)
Acho justo, já que as lojas de eletrodomésticos não estão abrindo.Os supermercados já estão ganhando muito vendendo comida. (Joece Catia Oliveira Arantes)
Estamos perdendo até o direito de consumo, onde vamos parar? (Thaise Ribeiro)
O problema não está nos produtos e sim na aglomeração! Mas não mudou nada no atendimento, os supermercados estão lotados… (Fabricio Souza)
Eu entendi o decreto: não é justo as lojas de departamentos ficarem fechadas, e os supermercados venderem os mesmos produtos, que para elas estão proibidos. Posso estar errada, mas é o que penso. (Angela Cassilhas)
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