Volta e meia somos atingidos por surtos ou epidemias que se propagam por uma série de descuidos pessoais ou desequilíbrios ambientais. Longe de querer comparar outras moléstias com o poder devastador do coronavírus, mas em nossa história recente alguns fenômenos epidemiológicos chamam atenção.
Em 2017, alguns Estados brasileiros tiveram surtos de febre amarela, uma patologia que ronda nossas terras desde o Brasil Colônia, mas que estava aparentemente controlada no país. O Espírito Santo foi um dos Estados mais atingidos, a forma selvagem da doença transmitida por picadas dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes contaminou 330 pessoas, levando 100 delas a óbito.
A vacinação é a medida mais eficiente para controlar a doença e evitar que ela se alastre. Sendo assim, naquele ano foram aplicadas 3.077.619 doses da vacina contra febre amarela, imunizando 85,71% da população capixaba, segundo o governo do Estado. Ainda tivemos a epidemia de zika em 2015-2016, que tem forte relação com casos de microcefalias em recém-nascidos. E de maneira permanente temos o assombro da dengue, que registrou 44.978 casos suspeitos e 11 óbitos em 2020 no Espírito Santo, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Como dito, a ideia não é comparar a capacidade destrutiva dos vírus, esses dados mostram a diferença gritante do poder letal do Sars-CoV-2 em relação a outros problemas que enfrentamos recentemente. No entanto, a contenção da Covid-19, assim como a da dengue e da febre amarela, depende de fatores individuais e governamentais. Se na dengue precisamos manter limpos nossos quintais para evitar a propagação do aedes aegypti, contra o corona devemos adotar o isolamento. E, como no caso da febre amarela, necessitamos urgentemente de vacinação em massa para varrer o coronavírus para bem longe daqui.
Coronavírus, dengue e febre amarela: lições epidemiológicas
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