Uma boa mão de tinta faz milagre ou, pelo menos, pode ajudar a dar uma cara nova à casa. Afinal, as cores são a base dos ambientes e podem contribuir para a sensação de conforto e aconchego. Entretanto, na hora da reforma, além de ficar de olho na cor e na textura, é preciso avaliar as propriedades e recomendações de cada tipo para dar o melhor acabamento à parede.
“Por exemplo, se a área é interna, mas não tem muita umidade, pode-se optar pelo tipo PVA ou acrílica, que é mais resistente. Já em espaços externos e descobertos, recomenda-se utilizar tintas emborrachadas e com proteção solar”, indica a arquiteta e designer de interiores, Fernanda Calazans.
Segundo a especialista, o segredo é sempre escolher materiais de qualidade que possuam melhor cobertura e durabilidade. Isso porque a tinta escolhida confere todo diferencial ao espaço, já que ela “abraça o mobiliário, adornos, tapetes, cortinas, quadros e é a base do ambiente”.
Por sinal, outra dica importante é também considerar se o local de aplicação da tinta já conta com alguma base. Nesses casos, a recomendação é sempre utilizar o mesmo tipo para evitar conflitos de composição química ou remover, por completo, a tintura anterior antes de aplicar a nova.
A arquiteta e urbanista Larissa Souza de Oliveira explica que algumas tintas à base de solvente podem conter chumbo, elemento prejudicial à saúde humana. “Essa toxina pode variar de acordo com o tempo de exposição ao ativo, predispondo as pessoas à alergias, por exemplo”, aponta.
Ou seja, ficar atento às propriedades e recomendações de cada tipo é indispensável na hora de repaginar qualquer cômodo da casa. Foi pensando nisso que as especialistas separaram algumas dicas para quem quer colocar a mão na massa, ou melhor, na tinta e colorir um ambiente. Confira:
Larissa Souza divide os ambientes internos em: áreas molhadas, como cozinhas e banheiros, e as demais, como salas e quartos. Nos primeiros espaços, a umidade é maior e, por isso, a arquiteta recomenda tintas resistentes e de fácil higienização, como a acrílica e a epóxi. Já nos outros cômodos, ela indica os tipos PVA, látex e acrílica. Vale destacar que para tetos de banheiro, existem opções antimofo que garantem a durabilidade do material por conta dos vapores dos chuveiros.
Nesses espaços, é sempre importante verificar a incidência dos raios solares, exposição à ação da chuva e presença de umidade. “Sendo assim, a tinta nesses locais deve ser resistente à ação do tempo e às intempéries. Então, a acrílica é amplamente aplicada nesse tipo de caso”, pontua Larissa Souza.
De acordo com a arquiteta e designer de interiores Fernanda Calazans, a tinta esmalte é mais utilizada em madeiras e ferros, assim como, quando à base de água ou solventes, é recomendada para portas.
É claro que, quando o assunto é tinta, a tonalidade é sempre muito importante. Entretanto, apesar de existir uma recomendação do tipo ideal para cada ambiente, essa indicação não se repete para as cores escolhidas para os espaços.
Para Fernanda Calazans o que precisa ser avaliado é o perfil do morador, mobiliários existentes, quais sensações que o ambiente traz, a quantidade de luz natural que recebe, entre outros pontos.
“Temos sim cores menos recomendadas. Por exemplo, para quartos, evitamos cores intensas e mais quentes, como amarelos e vermelhos vibrantes, porque essas cores ativam energia e podem influenciar a qualidade do sono. Então, quase sempre recorremos a cores mais lavadas e frias e tons terrosos, que são ótimas opções para criar um espaço tranquilo”, finaliza a arquiteta e designer de interiores.
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