O desejo por melhor qualidade de vida e a preocupação com o meio ambiente tem impulsionado a busca por uma casa própria sustentável. O objetivo principal é reduzir o impacto ambiental gerado com a habitação, da construção ao dia a dia dos moradores.
A eficiência energética é o ponto central. Imóveis sustentáveis usam tecnologias como painéis solares e isolamento térmico, que reduzem o consumo de energia e, consequentemente, as despesas mensais com eletricidade. Enquanto sistemas de captação e reutilização de água da chuva ajudam a diminuir o consumo de água e seu custo.
Tudo é pensado para aproveitar ao máximo os recursos naturais e ser ecologicamente consciente. Os materiais utilizados na construção devem ser reciclados, recicláveis ou de fontes renováveis e locais, pois a logística é poluente.
A localização do imóvel também conta. É preciso que seja construído em uma área com fácil acesso a transporte público, ciclovias e outras alternativas que possam reduzir a necessidade do uso de carros.
Há certificações reconhecidas internacionalmente para ajudar a identificar um imóvel sustentável. A Leed (Liderança em Energia e Projeto Ambiental, em tradução livre) é aplicada em 165 países. Hoje, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os países com mais projetos Leed certificados.
Em 2023, foi registrado um aumento de 40% em construções residenciais verdes no Brasil. Só no início deste ano, foram certificadas 20 construções sustentáveis, segundo o GBCI (Green Business Certification Inc.), que administra o Leed e outros sistemas de certificação.
Um imóvel sustentável é projetado para minimizar o seu impacto ambiental durante e depois da construção. O objetivo é otimizar o uso de recursos naturais, inclusive com tecnologias, o que inclui usar energias renováveis, materiais de construção sustentáveis, sistemas de gestão de água e resíduos, e a criação de espaços que promovam a eficiência energética.
Por exemplo: a posição ideal de janelas para que a luz solar incida por mais tempo, correntes de ar para menos uso de aparelhos de ar-condicionado, entre outros.
Do ponto de vista econômico, morar em um imóvel sustentável reduz custos com energia e água. Olhando para o meio ambiente, é uma forma de minimizar a emissão de gases de efeito estufa e de preservar os recursos naturais.
A escolha também pode impactar na saúde dos moradores. Imóveis sustentáveis utilizam materiais de construção com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis (Vocs), melhorando a qualidade do ar interno e reduzindo riscos de problemas respiratórios e alergias.
Há ainda a presença de áreas verdes e a integração com a natureza nos projetos sustentáveis que contribuem para o bem-estar. Com o agravamento da crise climática, a tendência é que imóveis sustentáveis sejam cada vez mais valorizados e procurados, aumentando o seu valor de revenda.
Um projeto sustentável começa na sua construção. Os materiais utilizados devem ser reciclados, recicláveis ou de fontes renováveis e locais, para evitar a poluição durante o transporte até o canteiro de obras.
Busque certificações reconhecidas por sua sustentabilidade, que sejam emitidas por organizações independentes, como Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), Aqua-HQE (Alta Qualidade Ambiental), Breeam (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) e Selo Procel de Edificações.
No empreendimento, avalie a eficiência energética do imóvel e das áreas comuns, como é feita a separação e a reciclagem de resíduos, e se há hortas e facilidades para compostagem. Confira também:
As certificações ambientais consistem em sistemas de avaliação de sustentabilidade conforme critérios públicos, preestabelecidos e podem ser divididas em dois grandes grupos. O primeiro é composto por certificações multiatributos, que se voltam para a redução de impactos ambientais, para a diminuição de impactos operacionais e para a garantia de qualidade ambiental. As principais certificações multiatributos aplicadas no Brasil são o Leed, o Aqua-HQE, o GBC Casa e Condomínio e o Edge (Excellence in Design for Greater Efficiencies).
Leed
Aqua-HQE
GBC Casa e Condomínio
Edge
O outro grupo é formado por certificações específicas, com destaque para os processos focados na promoção da saúde e do bem-estar dos moradores, como o Well e o Fitwel.
Imóveis sustentáveis são projetados para serem eficientes em termos de energia e água, resultando em menores custos mensais e de manutenção. A durabilidade dos materiais sustentáveis também torna o investimento mais atraente a longo prazo.
Com o aumento dos esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas e promover um desenvolvimento sustentável, a tendência é aumentar o valor de revenda do imóvel sustentável.
Segundo o GBCI, os aluguéis de imóveis São Paulo e no Rio de Janeiro passaram de R$ 98,41 por m² com projetos AAA (certificação brasileira administrada pelo CBRE), para R$ 136,54 por m² com projetos Leed (certificação internacional administrada pelo GBCI).
As principais diferenças incluem a eficiência energética e a gestão de recursos. Imóveis sustentáveis geralmente têm menores custos operacionais devido ao uso de tecnologias como painéis solares e sistemas de reaproveitamento de água. A manutenção dos sustentáveis tende a ser mais simples e barata a longo prazo devido ao uso de materiais duráveis e sistemas eficientes.
Os materiais de construção sustentáveis, como bambu, madeira certificada, concreto reciclado e tijolos ecológicos são escolhidos por sua durabilidade, baixa toxicidade e menor impacto ambiental. São materiais mais resistentes, exigindo menor necessidade de reparos e manutenção ao longo do tempo.
A construção civil tem grande consumo de água e energia, além de emitir um volume considerável de gases do efeito estufa. Em edição mais recente do relatório de Status Global para Edificações e Construção, publicado pelo Programa para o Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU) em março de 2024, o setor foi apontado como o responsável por cerca de 21% das emissões globais de gases.
No Brasil, levantamento da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) aponta que as emissões dos gases de efeito estufa do setor de construção e edificações correspondem a 6% das emissões de todo o país.
Imóveis sustentáveis são projetados para reduzir essas emissões, contribuindo para diminuir os impactos da mudança climática. A construção e a operação desses imóveis envolvem práticas que minimizam o impacto ambiental, como o uso de materiais de baixo impacto, sistemas de eficiência energética e gestão de recursos hídricos.
Além das estratégias adotadas no empreendimento para a economia no consumo de energia, os moradores devem estar atentos ao gasto energético dos aparelhos instalados na sua unidade residencial. Abaixo algumas dicas para um consumo consciente de energia:
Compre aparelhos econômicos:
Opte por lâmpadas de LED:
Não abra a geladeira sem necessidade:
Fique de olho no ar-condicionado:
Fontes: Benx Incorporadora; CTE (Centro de Tecnologia e Edificações); GBCI (Green Business Certification Inc.); Magik; MRV; MPD e Trisul.
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