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China aprova ampliação da vacinação com Coronavac no país

China aprova ampliação da vacinação com Coronavac no país

A Administração Nacional de Produtos Médicos chinesa informou que foi concedida aprovação "condicional" à Coronavac, o que significa que a vacina agora pode ser aplicada no público em geral

Publicado em 6 de fevereiro de 2021 às 11:42- Atualizado Data inválida

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Vacina da Coronavac no ES
A Coronavac já foi vendida a pelo menos dez países . (Fernando Madeira)

A China aprovou a ampliação dos grupos de pessoas que poderão ser vacinados no país com a Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. Até então, apenas grupos de alto risco e prioritários, como médicos e funcionários do Estado, vinham sendo vacinados.

Em comunicado divulgado neste sábado (6), a Administração Nacional de Produtos Médicos chinesa informou que foi concedida aprovação "condicional" à Coronavac, o que significa que a vacina agora pode ser aplicada no público em geral, embora pesquisas ainda estejam em andamento. A Sinovac deverá apresentar dados de acompanhamento e relatórios de quaisquer efeitos adversos após a vacina ser vendida no mercado.

A Coronavac já foi vendida a pelo menos dez países. Na China, recebeu aprovação de emergência em julho do ano passado.

A vacina produzida pela Sinovac é a segunda do país a receber aprovação condicional. Em dezembro, o governo chinês autorizou a vacina da estatal Sinopharm. Tanto o produto da Sinovac quanto o da Sinopharm são vacinas inativadas de duas doses com tecnologia tradicional, que torna mais fácil o transporte e o armazenamento do que as vacinas da Pfizer, que requerem armazenamento em ambiente ultra frio.

Até o momento, a Sinovac divulgou apenas dados dos estágios 1 e 2 das pesquisas para sua vacina. As informações completas dos ensaios clínicos para o estágio 3, já realizados em países como Brasil, Chile, Indonésia e Turquia com 25 mil voluntários, serão divulgados posteriormente em um jornal revisado por outros pares, segundo o porta-voz da empresa, Pearson Liu. Autoridades de saúde globais avaliam que qualquer vacina com pelo menos 50% de eficácia é útil.

O México anunciou que duas fabricantes chinesas de vacinas contra Covid-19, Sinovac e CanSino, apresentaram papeis para aprovação do uso no país. Na sexta-feira, o secretário mexicano de Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, informou que a vacina da CanSino havia sido "aplicada com sucesso" em testes e solicitado autorização. Mais tarde, o secretário adjunto de Saúde, Hugo Lopez-Gatell, esclareceu que a empresa havia apresentado apenas documentos "iniciais", que não eram resultados de testes da fase 3.

A CanSino não divulgou até o momento nenhuma taxa de eficácia estimada para usa vacina, de dose única, números que provavelmente serão exigidos pelo governo mexicano para aprovar o uso no país. A empresa realizou testes de fase 3 no México com 14.425 voluntários. Já as estimativas de eficácia da Sinovac variaram de um país para o outro, indo de 50,65% de prevenção de infecções a 100% na prevenção de casos graves.

O governo mexicano prometeu 8 milhões de doses da vacina da CanSino até março e tem se mostrado otimista com a injeção chinesa porque ela é relativamente fácil de manusear e será finalizada e engarrafada em uma fábrica no México. O país também aprovou recentemente a vacina russa Sputnik V, mas não receberá essa, ou mais doses da vacina Pfizer, até o fim deste mês. Foram recebidas apenas cerca de 760 mil doses da vacina Pfizer e destas, restam em torno de 60 mil. O México só conseguiu administrar doses até agora a metade do seu quadro médico que atua na linha da frente contra a doença.

Na sexta-feira, o país registrou 13.051 infecções confirmadas, que elevaram o número total a 1,91 milhão. Foram reportadas 1.368 mortes, de um total de 164.290. No entanto, como o México faz muito poucos testes, o número real de vítimas pode ser superior a 195 mil, segundo estimativas. Na cidade do México, a taxa de ocupação de hospitais passa de 80%.

Na Espanha, o governo reportou seu primeiro caso da variante brasileira de Covid-19, identificada em um passageiro que chegou no país pelo aeroporto de Madri. Segundo o departamento regional de saúde da capital espanhola, o homem de 44 anos chegou do Brasil em 29 de janeiro e tinha um documento do teste PCR negativo, mas outro teste de anticorpos realizado no aeroporto deu positivo. O homem foi levado a um hospital da cidade, que mais tarde confirmou a infecção do homem pela variante.

Na última semana, a Espanha aumentou as restrições a voos provenientes do Brasil e da África do Sul, em virtude de variantes detectadas nesses países, assim como impôs restrições semelhantes ao Reino Unido. O país contabiliza um total de 2,941 milhões de casos e 61,386 mil mortes por Covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins.

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