É hora de nos unirmos, cuidar de nós e do próximo, evitar aglomerações e sair de casa o mínimo possível. Nesse momento, as aulas estão suspensas e as crianças não podem sair para brincar com os coleguinhas no playground, e agora, o que fazer com tanta energia acumulada? Reunimos algumas dicas super criativas e divertidas para entreter os pequenos e orientá-los em relação a higiene até que este período delicado passe.
Thamy Carvalho é psicóloga e psicanalista especialista em Desenvolvimento Infantil e na importância do Brincar afetivo. Ela explica que além da diversão, a criança utiliza o brincar para conhecer e experimentar o mundo. Por ser tão natural, enriquecedor e trazer inúmeros benefícios, inserir atividades lúdicas, sempre trará benefícios às crianças e aos seus cuidadores. Por isso, é importante usar e abusar deste recurso neste momento de alerta. O ato de brincar é uma forma afetiva de fortalecer o desenvolvimento emocional. Brincar é coisa séria!, diz.
A dica de Thamy é soltar a imaginação e abusar de atividades corporais, como correr, pular, dançar, música, estátua e usar fantasias. Também estão liberadas as brincadeiras artísticas, como pintar, colorir, brincar com massinha e construir brinquedos com caixa de papelão. Toda brincadeira é bem vinda, salienta. Além disso, é essencial entender a rotina da criança e inseri-la na organização da casa e separar um tempinho para brincar junto com ela.
De acordo com a especialista, é importante utilizar muitos recursos lúdicos como músicas, histórias, brinquedos e atividades ao ar livre em caso de isolamento temporário. Em isolamento mais restrito, o uso das telas e eletrônicos pode ser realizado, desde que seja limitado e supervisionado. Existem excelentes conteúdos disponíveis, complementa.
É preciso ter cuidado com o uso de telas em relação às crianças menores. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) bebês com menos de 12 meses de vida não devem ser expostos ao uso dos eletrônicos, e crianças até os 5 anos de idade não devem passar mais de 60 minutos em frente às telas, alerta Thamy.
De acordo com a profissional, o diálogo é a melhor forma de evitar o pânico e que a criança deve ser orientada sobre os hábitos de higiene, além disso, a medida que a criança apresentar dúvidas, é importante atentar-se a responder somente o necessário. A dica é transformar o momento do banho e da higienização em brincadeira. Para facilitar o entendimento delas, diga a ela que o personagem preferido também precisa cuidar das mãozinhas e lave a mãozinhas dos bonecos dela, sugere.
Insira a criança na rotina de cuidados. Utilize músicas como 'Lava a mão' da Galinha Pintadinha e 'Banho é Bom' do Castelo Rá-tim-bum. Aprenda a letra e cante com seu filho nos momentos de higienização, complementa a psicóloga.
A mobilização de todos e a facilidade gerada pela conexão também proporciona o compartilhamento de ações como a contação de histórias que está acontecendo em formato de lives em diferentes perfis no Instagram.
Fafá é atriz e contadora de histórias e desenvolveu o projeto Fafá Conta em que faz lives com leituras de diferentes livros todos os dias da semana. Às 10h30 em dias de segunda, quarta e sexta, e às 16h30 às terças e quintas. Além das histórias Fafá também disponibiliza vídeos com temáticas relevantes adaptados à linguagem infantil.
Além de Fafá, várias outros perfis também adotaram a ideia e têm invadido as telas da criançada, dentre eles estão o da escritora Emília Nuñez (@maequele), de Carol Levy (@carollevy), que vai ao ar todos os dias às 11h30 e da Marina Bastos (@marinabastoshistorias), às 12h30. Além de Camila Genaro (@camila.genaro), ás 15h00 e Mariane Bigio (@marianebigio), com o projeto que nomeou de Quarentena Interativa, às 18h00, todos os dias da semana.
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