Por que se desesperar? Respire fundo e tente ficar calmo. Confinamento não é prisão. É um momento necessário para proteger você, seus filhos, sua família, seus amigos, toda a sociedade. E a boa notícia: é temporário. Vai passar. E quanto mais tranquilos estivermos em casa, mais rápido será. Então, porque você não aproveita a quarentena para fazer coisas que gosta e nunca teve tempo ou oportunidade pra fazer? Pra ajudar você nessa tarefa - porque a gente sabe que não é tão simples assim - psiquiatras e psicólogos deram preciosas dicas. Confere aí, e boa quarentena!
Procure assistir noticiários apenas uma vez ao dia. Geralmente as edições da noite consolidam tudo o que precisamos saber para ficarmos atualizados. Não caia na armadilha da hiperinformação e no excesso angustiante de informações falsas ou exageradas. Essas ações podem te levar a um estado mental de ansiedade e constante alerta, prejudicando o relaxamento e capacidade de discernimento
Tente praticar exercícios, se alimentar de forma saudável e beber muita água. Relaxar, praticar meditação e alongamento, além de evitar o abuso de álcool ou drogas fazem diferença na saúde física e mental
Estar isolado não é uma punição e sim uma preservação e contribuição para o bem comum. Permanecer em casa por alguns dias é necessário, mas não é uma condição definitiva. Em breve, tudo voltará ao normal.
Ouvir uma boa música, fazer um curso online, ler aquele livro esquecido ou assistir aquela série que te recomendaram, são coisas que vão te fazer muito bem. Aproveite o tempo disponível para isso
Sentir a solidão do isolamento devido a pandemia é um fato. A solitude é um estado desejável de privacidade que permite a reflexão e a subjetivação pessoal, mas a solidão pode produzir tristeza em excesso e potencializar traços depressivos inerentes a cada pessoa. Utilize toda tecnologia disponível para manter-se conectado com a vida e com pessoas que você estima. Una-se aos seus familiares e amigos, promovendo boas conversas por meio de videochamadas, telefonemas ou mensagens
Sabe aquela arrumação de armário, de arquivos e fotos do computador, de emails da caixa postal, das plantas da casa. Aproveite o tempo e faça coisas que possam ocupar e relaxar a sua mente
O pessimismo impede a percepção de novos cenários. Quando estamos amargurados, nosso mundo interior fica embrutecido e nossas reações e comportamentos podem se revelar de forma destrutiva, ferindo aqueles que estão à nossa volta e nos impedindo de enxergar soluções
Mesmo que cozinhar não seja muito a sua praia, vale a pena tentar fazer um bolo, uma sobremesa ou até mesmo uma receita para o almoço ou o jantar. E se tiver crianças em casa, pode ser melhor ainda se elas se juntarem a você. Uma simples receita pode virar uma farra. E, se der certo, um delicioso motivo pra comemorar e repetir sempre que puder.
A inatividade pode produzir desânimo. Se o ócio não for criativo, pode conduzir a um estado de letargia existencial. Encontre nas atividades manuais e nas atividades físicas que possam ser executadas em casa um meio para aliviar desconfortos e para preencher o tempo.
Tente fazer as coisas nos mesmos horários e criar uma rotina de trabalho, isso ajudará o dia a acontecer de um jeito mais organizado e tranquilo
Separe um tempo do seu dia para o autocuidado. Seja para hidratar os cabelos, limpar ou esfoliar a pele, fazer as unhas... Coisas que elevem sua autoestima e te gerem prazer e relaxamento.
Considere as regras para um bom convívio coletivo. Possivelmente dividimos nosso espaço de confinamento com outras pessoas no núcleo familiar. Sua individualidade é importante, mas dimensão coletiva não pode ser ignorada. É importante que todos tomem consciência das dificuldades atuais, exercitando empatia, firmando acordos e regras de convívio, e buscando um elevado espírito de colaboração e apoio mútuo, a fim de tornar a vida agradável durante esse período.
Que tal fazer algo que pode fazer o dia de seu vizinho confinado mais feliz. Fazer um bolo e deixar do lado de fora da porta dele, ou simplesmente passar uma mensagem positiva por debaixo da porta são coisas capazes de mudar o astral de todas as pessoas da casa
Considere a realidade da diversidade. Crianças, Idosos e portadores de deficiências, pacientes com baixa imunidade e doenças crônicas devem ser ouvidos e priorizados, pois tem perspectivas e necessidades peculiares. Conversar, escutar, compreender e estabelecer rotina solidiária inclusiva é importante para que as limitações impostas pela pandemia possam ser assimiladas e seguidas. Isso minimiza os sentimentos negativos em relação ao novo contexto.
Se você perceber que está extremamente sobrecarregado, ansioso, depressivo ou pensando em se machucar ou em suicídio, procure seu médico, psicólogo ou familiar e não esqueça do CVV (188)
Fonte: Psicanalista Marcos Wagner, psicóloga Karoline Paiva, psicóloga Janaina Ferreira Pereira, psiquiatra Letícia Mameri e Instituto Vita Aldere, prevenção do suicídio
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