Ou você leu sobre ele ou ouviu de alguma amiga a recomendação. Mesmo cercado de alguns mitos, o dispositivo intrauterino, ou simplesmente DIU, é o método contraceptivo que está fazendo a cabeça das mulheres que querem se ver livres da pílula anticoncepcional sem correr risco de uma gravidez não planejada.
As mulheres estão aderindo mesmo. A segurança é a mesma em relação à pílula, e acaba com o problema do esquecimento, comentou a ginecologista e obstetra Brunella Cesconetto Grillo.
O DIU é um pequeno aparelho que é implantado no útero que vai barrar a ação dos espermatozoides. Quando a mulher quiser ter filhos, basta retirar o dispositivo. Esse sempre foi o maior medo das pacientes, que acham que não vão engravidar depois do DIU ou vão demorar para engravidar. Mas uma vez retirado, a gravidez pode acontecer no mês seguinte explica a médica.
Nem todas podem recorrer ao DIU. Para aquelas com alguns problemas ginecológicos, como endometriose, ovários policísticos, entre outros, a pílula anticoncepcional ainda é mais indicada, aponta Brunella.
Há pelo menos três opções disponíveis, por isso é preciso avaliar, junto com o médico, qual a ideal para cada paciente. Dois delas têm a vantagem de não levar hormônios: o DIU de cobre e o DIU de prata. E tem o DIU hormonal, que, como o nome diz, leva hormônio, mas com um diferencial importante em relação à pílula.
Enquanto a pílula leva dois hormônios, esse DIU é composto de apenas um, a progesterona, e em quantidade muito menor, destaca a ginecologista e obstetra Maria Angélica Belonia.
Em todos os casos, há efeitos colaterais, com prós e contras. A decisão sobre qual das opções é a melhor deve ser feita junto com o especialista. Os efeitos são muito individuais, variam de mulher para mulher. Por isso, na hora de escolher qual deles, vamos avaliar o ciclo menstrual e o estilo de vida da paciente, por exemplo, diz Maria Angélica.
Fique por dentro
O que é?
O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um objeto flexível em formato de T que é colocado dentro do útero, impedindo a fecundação dos óvulos. O procedimento é feito em consultório ou hospital. É um método reversível, podendo ser retirado a qualquer momento
Quem usa
No mundo, é o método mais usado. No Brasil, embora a procura esteja aumentando, apenas 1,9% das mulheres em idade fértil fazem uso desse contraceptivo, segundo o Ministério da Saúde
Mitos
É um método bastante seguro em relação a gravidez indesejada. Em relação à pílula, a vantagem é não ter que se preocupar com esquecimentos. Mas há risco de infecções, por isso é preciso fazer sexo seguro e evitar muitas trocas de parceiros
DIU hormonal (Mirena)
Como funciona
O DIU hormonal libera de forma periódica o hormônio levonorgestrel (subtipo sintético de progesterona), dificultando a ovulação e impedindo que o óvulo se fixe no útero
Vantagens e desvantagens
- Ele libera cerca de um décimo da dose liberada pela pílula anticoncepcional
- Dura até 5 anos
- Reduz ou até interrompe o fluxo menstrual e provoca menos cólicas
- Pode gerar leve ganho de peso
DIU de cobre
Como funciona
Não tem hormônios, atuando como barreira física e impedindo que os espermatozóides encontrem o óvulo
Vantagens e desvantagens
- Livra a mulher da ação dos hormônios
- Dura até 12 anos
- Pode aumentar as cólicas e o sangramento
DIU de prata
Como funciona
Na verdade, ele combina dois metais: a prata e o cobre. Também é livre de hormônio
Vantagens e desvantagens
Tem um formato mais curvado e ocupa menos espaço no útero. Dura menos tempo que o de cobre, mas causa menos efeitos colaterais
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