A vitamina D - que na verdade é um hormônio - tem funções essenciais para o organismo e, além da dieta balanceada, hábitos devem fazer parte da rotina para manter os índices da vitamina. O problema é que muita gente tem apresentado índices mais baixos que o ideal por conta da dificuldade de se expor ao sol durante o isolamento recomendado pelas autoridades de saúde.
A nutricionista Leticia Souza explica que a vitamina D na verdade é considerada um pré-hormônio que possui papel fundamental na manutenção da saúde dos ossos, por meio da regulação da quantidade de cálcio e fósforo no organismo. Atua também na diferenciação celular e regula o sistema imunológico, cardiovascular e muscular, completa.
Importante lembrar da necessidade do cálcio na mineralização óssea e para o mecanismo de contração muscular. Portanto a falta da vitamina D e consequentemente o comprometimento da absorção de cálcio vai prejudicar a integridade óssea e capacidade funcional de toda a musculatura, complementa o médico Albermar Harrigan é especialista em endocrinologia e metabologia.
Diferente da maioria das vitaminas, a vitamina D é raramente obtida por meio da alimentação. Somente cerca de 10% desta vitamina é proveniente da dieta, sendo suas principais fontes peixes gordurosos, como salmão, atum e peixe arenque, além de ostras, óleo de fígado de bacalhau e gema de ovo, explica a nutricionista Leticia Souza.
De acordo com Albermar Harrigan, a Vitamina D raramente é obtida pela alimentação, sendo o Sol sua principal fonte. Temos uma pró vitamina na pele quimicamente formada por colesterol que em contato com raios solares se transforma e Vitamina D, explica.
O profissional reforça, teoricamente, uma a exposição da maior superfície do corpo possível garante a referida transformação. Mas é importante estar atento, já que em um país tropical como o nosso a incidência prolongada à radiação solar pode ser prejudicial. Pode provocar queimaduras e, em algumas pessoas muito claras, favorece o surgimento de câncer de pele. Atualmente o acompanhamento médico com dosagem da referida vitamina em laboratório de confiança permite a reposição medicamentosa segura, garante o endocrinologista.
De acordo com a nutricionista Maria Luiza Cometti, tem-se verificado que grande parte da população está apresentando deficiência de vitamina D nesse período, devido à mudança dos hábitos alimentares, mas principalmente pela baixa exposição a luz solar. Antes, isso era mais visto em países nos quais a incidência solar era menor, mas aqui no Brasil já está se tornando comum também, diz.
Para evitar a baixa do hormônio, além de manter uma alimentação saudável, é muito importante se expor sol ao todos os dias, mesmo durante o isolamento, deixando pelo menos braços e/ou pernas descobertas. Uma observação importante que deve ser feita, é que o uso de protetores solares podem limitar a síntese de vitamina D, por isso a recomendação é de se expor apenas um pouco ao sol, cerca de 15 minutos por dia já é suficiente, ressalta a nutricionista.
Por isso, é válido sentar-se por alguns minutos na varanda em um horário em que a incidência do sol seja mais saudável, como aproveitar o sol da manhã, antes das 10h00, ou curtir a chamada golden hour, ou após as 16h00, em uma das janelas da casa com os braços e/ou pernas expostos.
Às vezes pode ser necessário a suplementação desta vitamina, mas para isso é necessário a realização de exames e prescrição de um médico ou de um nutricionista, explica Maria Luiza.
O fundamental é a atenção para evitar o uso excessivo dessa vitamina, podendo provocar Hipervitaminose D, em que determinaria complicações como: hipercalcemia, hipercalciúria, com consequente sintomas como náuseas, vômitos, falta de apetite, fraqueza, desidratação podendo evoluir para Insuficiência renal, salienta o médico Albermar, que reforça que o médico sempre deve estar atento a evitar Hipovitaminose D, sem provocar a Hipervitaminose D.
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