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Julho verde: conheça os sintomas do câncer de cabeça e pescoço

Julho verde: conheça os sintomas do câncer de cabeça e pescoço

O Brasil registra cerca de 41 mil novos casos a cada ano.  O tratamento, na maioria das vezes, é a cirurgia

Publicado em 12 de julho de 2021 às 15:38

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Mulher tocando o pescoço
Na tireoide, a doença pode se manifestar com nódulos no pescoço, tosse, incômodo ao engolir ou respirar. (Seva Levitsky/ Freepik)

Estar atento aos sintomas - como dor ao engolir, rouquidão persistente, caroço no pescoço ou lesões na boca - e manter o acompanhamento regular são formas de antecipar um diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registra cerca de 41 mil novos casos a cada ano. São tumores malignos que podem atingir a boca, língua, gengiva, amígdalas, faringe, laringe, tireoide e seios paranasais, por exemplo. Para alertar a população, julho é considerado o mês de conscientização do tumor.

SINTOMAS

Cirurgião de cabeça e pescoço, Marco Homero de Sá explica que os sintomas variam de acordo com a região afetada. Entre eles, estão a dor ao engolir, as dificuldades para respirar, a rouquidão persistente e a presença de caroço no pescoço ou lesões na boca que não melhoram com mais de duas semanas. 

Na língua, por exemplo, podem surgir manchas ou feridas, dor e dificuldade de mobilizá-la. Na tireoide, a doença pode se manifestar com nódulos no pescoço, tosse e incômodo ao engolir ou respirar. O câncer na laringe, que acomete as cordas vocais, pode alterar a voz, causando rouquidão. 

Marco Homero de Sá
Marco Homero de Sá fala da prevençaõ do câncer de cabeça e pescoço. (Divulgação Marco Homero de Sá)
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É importante ficar atento aos sinais. Ao perceber feridas na boca, na garganta ou rouquidão que persistem por mais de duas semanas, é preciso procurar um especialista. Os tumores na região de cabeça e pescoço têm muitas chances de cura se descobertos em sua fase inicial

Marco Homero de Sá
Cirurgião de cabeça e pescoço
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PREVENÇÃO 

O tabagismo aumenta a probabilidade de uma pessoa ter um tumor na cavidade oral quando comparada a quem não fuma. Para quem fuma e bebe, segundo a Sociedade Americana de Câncer, o risco chega a ser 30 vezes maior. A oncologista Virgínia Altoé Sessa conta que além desses dois fatores, a infecção por alguns vírus, como HPV e EBV, também entram na lista.  

“Além de evitar o tabagismo e o etilismo, e aumentar a prática de atividade física e o consumo de alimentos saudáveis, outra medida importante de prevenção é a vacinação para HPV logo na infância. Assim, evita-se a infecção pelo vírus na fase adulta, uma vez que o HPV invade células da pele e mucosas e pode transmitir a doença pela via sexual, mais especificamente, pelo sexo oral e até mesmo pelo beijo”, explicou a especialista.

Para o diagnóstico da doença é realizado o exame físico. Depois, é feito um pedido de imagem, como ultrassom ou tomografia. "Caso seja confirmado como maligno, o tratamento, na maioria dos casos, é a cirurgia. Mas tudo depende do estadiamento da doença", explica Marco Homero de Sá. 

Após a cirurgia, é realizado uma nova avaliação para saber se é necessário um tratamento, como a radioterapia ou radioterapia com quimioterapia. "No caso da tireoide, a gente usa cirurgia e, se precisar, também a iodoterapia", diz o médico.

MÁ HIGIENE BUCAL

A má higiene bucal também pode levar ao problema. A ortodontista Catarina Riva destaca os cuidados com a limpeza para evitar o câncer de boca.

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É importante alertar sobre a prevenção e diagnóstico precoce porque são tumores que podem ser assintomáticos no início. Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias ou que estejam crescendo devem ser investigadas, mesmo que sejam lesões indolores

Catarina Riva
Ortodentista
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Catarina indica que o atendimento em consultas regulares facilita a detecção de lesões suspeitas na cavidade oral. Ela orienta também o autoexame na boca mensalmente, em local bem iluminado e diante do espelho.

“O paciente deve olhar bem todas as estruturas da boca e do pescoço e observar se há sinais como mudança na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços (principalmente no pescoço e embaixo do queixo), feridas que não cicatrizam, inchaços, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e ferida rasa, indolor e avermelhada”.

PRINCIPAIS SINTOMAS

COMO SE PREVENIR

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