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Meningite meningocócica: vacina é a melhor forma de prevenir a doença

Meningite meningocócica: vacina é a melhor forma de prevenir a doença

No Brasil, o tipo C é a versão mais comum e possui vacina ofertada pelo SUS. Mas há outros tipos da doença, A, B, W e Y, cuja vacina só é oferecida na rede privada

Publicado em 2 de março de 2019 às 21:55

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Lula e o neto, Arthur, de 7 anos, que morreu na sexta-feira (01) vítima de meningite . (Reprodução/Facebook)

Febre, mal-estar, dor de cabeça e rigidez no pescoço. Os sintomas da meningite meningocócica, que causou a morte do neto de 7 anos do ex-presidente Lula, são semelhantes aos de muitas doenças. De rápida evolução, quando não provoca a morte, a meningite pode deixar sequelas. A vacina é forma mais eficaz de se proteger.

A meningite meningocócica que atingiu Arthur Lula da Silva, de 7 anos, é considerada uma das formas mais graves e preocupantes da doença.

No Brasil, o tipo C é a versão mais comum da doença e possui vacina ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas há outros tipos da doença, A, B, W e Y, cuja vacina só é oferecida na rede privada.

Entretanto, mesmo vacinada, a pessoa pode contrair a doença, uma vez que as taxas de proteção da vacina variam em cerca de 80%.

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“Vacinada, a probabilidade de a pessoa contrair a doença é muito pequena. Porém, não é totalmente descartada. Isso porque a bactéria tem vários grupos e a transmissão pode ocorrer por algum que é menos coberto pela vacina”, esclarece o infectologista e professor da Ufes Crispim Cerutti Júnior.

TIPO ESPECÍFICO

Ainda não se sabe se meningite meningocócica provocou a morte de Arthur era ou não do tipo C, mais comum no país e com vacina pelo SUS. O Hospital Bartira, onde o garoto esteve por cinco horas na sexta-feira (01) não informou o sorotipo da doença.

EVOLUÇÃO RÁPIDA

O caso de Arthur não foi uma exceção. A meningite meningocócica, assim como a pneumocócica, pode levar à meningococcemia - quando a bactéria cai no sangue e causa infecção generalizada em outros órgãos do corpo - e, nesse caso, a doença pode evoluir rapidamente, matando em poucas horas. O médico alerta que os pais devem ficar atentos a presença de manchas na pele.

"É bom ficar atento, além da febre, a manchas cor de vinho na pele na forma de pequenos pontinhos. Ou ainda se a criança tiver febre e sangramentos”, avisa Crispim.

MORTE EM 20% DOS CASOS

Segundo Marco Aurélio Sáfadi, professor de infectologia da faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a letalidade da doença é de 20%. “Entre as bactérias, o meningococo é a causa número um de meningite bacteriana no país. É a que tem com maior frequência”, destaca.

SEQUELAS

Segundo Sáfadi, que também é presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no caso de meningite bacteriana, o tratamento é feito com antibióticos e pacientes que sobrevivem podem ter sequelas.

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“Normalmente, eles têm sequelas neurológicas, cegueira, surdez e perda de membros por necrose. As complicações atingem de 10% a 20% dos pacientes que sobrevivem”, ressalta.

MENINGITE: O QUE É?

A doença provoca a inflamação da meninge, membrana que protege o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus, bactéria ou outros micro-organismos e, em alguns casos, remédios.

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Geralmente, as bactérias que causam meningite bacteriana (inclusive a meningocócica) se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta.

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