Abram alas que a garotada já caiu na folia! Mas antes de arrastar os pequenos para os bloquinhos de rua, é bom ficar atento a certos cuidados para garantir a segurança e a saúde deles.
O pediatra da Unimed Vitória Eduardo Guignone destaca que as crianças podem brincar na folia, mas é preciso moderação. O mais importante é saber que elas não conseguem acompanhar o ritmo dos adultos e têm necessidades diferentes. Por isso, é preciso adotar alguns cuidados, pondera o médico.
Insolação, desidratação, infecções gastrointestinais e transtorno auditivo são alguns dos problemas que podem afetar os pequenos nessa época do ano. Um dos principais cuidados deve ser a hidratação. É preciso oferecer água o dia todo, não apenas quando elas sentem sede. Evite os refrigerantes, assinala Guignone.
Fadinhas, super-heróis, princesas, palhacinhos... A criançada adora se fantasiar. Mas o ideal, segundo o pediatra, é optar pelos modelos mais leves. As fantasias com excesso de tecido, muito fechadas, material que esquenta demais, não são indicadas. Menos é mais, avalia. Em relação à maquiagem, compre produtos indicados para uso infantil. É preciso cuidado também porque, com a transpiração, os produtos podem entrar nos olhos dos pequenos e causar alergia.
O pediatra Jovarci Motta também chama a atenção para esse ponto: Os pais devem procurar vestir nas crianças roupas e calçados leves, arejados e frescos, evitando produtos emborrachados, além de acessórios ou adereços pontiagudos ou de superfície fina, como lantejoulas, pois trazem um risco a integridade da pele devido à possibilidade de quedas durante a folia. Busque também preservar a intimidade da criança, alerta Motta.
Antes de sair de casa, filtro solar é essencial. Retoque sempre que achar necessário. E passe antes de sair de casa, não apenas quando estiver no local da folia, diz Guignone. O horário mais indicado para pegar sol, vale reforçar, é antes das 10h e após as 16h. Além disso, é fundamental proteger a criança e não somente com filtro solar, mas com boné e, se possível, roupa com proteção UVA/UVB.
O pediatra também pede para evitar aglomerações. Não vá para locais muito cheios. Assim, diminui o risco de infecções virais.
Jovacir lembra que, durante o carnaval, o índice de crianças perdidas é bem alto. Por isso, ele recomenda que os pais busquem espaços seguros e compatíveis com a idade das crianças. Blocos infantis são ideais e mais seguros. Nos blocos adultos há um risco maior de brigas e confusões, facilitado pelo consumo de bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas. Além disso, fuja de ambientes muito aglomerados (exposição maior a doenças e tumultos) e barulhentos (poluição sonora). E, para evitar maior dor de cabeça, lembre se de identificar a criança com pulseira contendo o nome e contato dos cuidadores, orienta ele.
Alimentação é outro cuidado à parte. A dica é oferecer alimentos leves, evitar comidas gordurosas e verificar a procedência do que vai ser oferecido. O melhor mesmo é tentar não mudar muito a rotina alimentar da criança.
Claro que na folia tem batuque, corneta, apito... Mas som alto demais não combina com festa infantil. Se puder evitar o excesso de barulho, melhor. Mas, se não der, o mais recomendado é ficar a uma distância mínima de 15 metros das caixas de som para não prejudicar a audição das crianças ou, quando possível, usar protetores auriculares, comenta Eduardo Guignone.
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