Filtro solar... Nunca deixe de usar filtro solar!, já dizia Pedro Bial. Lá se foram quase duas décadas desde que o vídeo viralizou e muita gente simplesmente ainda não aprendeu essa lição básica. Claro que as fake news atrapalham bastante, fazendo com que alguns desavisados continuem ignorando os riscos da exposição solar.
Com o verão apenas começando, vale reforçar o conselho. Afinal, torrar no sol é coisa do passado! E se você ainda não acordou para isso, preste atenção nesta reportagem. Com ajuda de dermatologistas, preparamos um guia para esclarecer as principais dúvidas sobre proteção solar.
Você sabe a quantidade certa de protetor que deve passar no rosto e no corpo? Será que um filtro com fator 30 é suficiente? Qual o produto certo para pele oleosa? E para ele seca?
É bom lembrar que o filtro solar deve ser usado o ano inteiro. Mas na estação mais quente do ano, o cuidado deve ser redobrado. Seguindo regras simples, você vai poder curtir sua praia e sua piscininha, amor!
A designer de moda e estudante de Publicidade Mila Vieira, 24 anos, costuma pegar mais sol no verão. Vou à praia normalmente umas duas vezes por semana nesta época, conta. Ela garante que se protege, mas nem sempre adianta muito. O sol dá uma enganada, né? Outro dia, fomos à praia e estava sem sol. Mesmo passando protetor com fator 70, acabei ficando rosada. Quem é muito clarinha acaba sofrendo isso mesmo! Fica vermelhinha!.
Potência
Segundo a dermatologista Irene Baldi, os filtros solares, de uma maneira geral, têm uma barreira física e uma barreira química. Quanto mais clara for a pele, maior tem que ser a potência desse protetor solar nessas duas barreiras.
Eu recomendo para peles claras o fator 50 como menor índice de proteção solar. E tem que reaplicar com mais frequência: de duas em duas horas. Com as peles mais morenas, a gente pode ficar um pouco mais tranquilo. Por terem mais melanina, elas têm mais proteção, então o filtro fator 30 está bem recomendado, explica a médica.
A dermatologista Krishna Sandoval lembra que a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é o uso de protetores solares com FPS de no mínimo 30. Mas usar acima de 30 nem sempre é suficiente, segundo ela, já que outros fatores, além da aplicação periódica do filtro a cada 2 horas, vão influenciar na sua eficácia e, na maioria das vezes, não são praticados.
Por exemplo, quantidade correta de aplicação, que seria de duas camadas generosas de forma consecutiva para alcançar uma quantidade ideal - de uma colher de chá de filtro por centímetro quadrado - raramente é feita. Além disso, outros fatores como o contato com a água e o suor fazem com que o filtro vá perdendo o seu fator de proteção inicial. Dessa forma é recomendado o uso de outras medidas de fotoproteção como roupas de proteção ultravioleta (UV), óculos de sol, chapéu ou viseira de aba larga e a proteção em barracas, observa.
Duas pessoas com a mesma cor de pele podem ter fototipos diferentes. Aquela que nunca se bronzeia quando toma sol, apenas fica vermelha, tem o fototipo 1. Aquela que tem a pele negra e nunca se queima tem o fototipo 6. E entre esses extremos temos os intermediários. O fator de proteção depende principalmente disso, explica o dermatologista e professor da UVV Fábio Colli.
O dermatologista também pode ajudar você a descobrir qual a melhor proteção para você de acordo com seu fototipo. Você sabe o que é fototipo? Foi o médico Thomas B. Fitzpatrick que desenvolveu, em 1975, a escala de classificação numérica para cor da pele humana, conhecida como Escala de Fitzpatrick. Existem 6 fototipos cutâneos diferentes, que variam de acordo com a quantidade de melanina (substância que dá cor à pele), a capacidade de bronzeamento de cada pessoa e a capacidade da pele de queimar (ficar avermelhada) quando exposta ao sol, até mesmo outras características, como a cor dos olhos e do cabelo.
As opções de protetores solares são muitas: existem os clareadores e com vitamina C, por isso vale a pena consultar um dermatologista. Temos que avaliar se é um filtro para o dia a dia, se é um filtro para uma paciente que tem manchas ou melasma, se o paciente tem acne. Há filtros específicos para rosto, corpo e até com ação hidratante, pontua Ana Flávia.
Quem tem melasma, deve evitar a exposição direta ao sol e usar filtro solar com base, que reforça a proteção. Também pode investir nas versões em cápsulas e em barreiras físicas, usando boné, óculos escuros e se protegendo em barracas, aconselha a especialista.
O protetor deve ser personalizado para atender às necessidades de cada tipo de pele. A dermatologista Ana Flávia Moll explica que quem tem pele seca deve optar pelo protetor em creme, que hidrata. Já quem tem pele oleosa deve usar filtro em gel-creme ou loção livre de óleo. Para quem pratica esporte ou fica muito tempo na água já existem filtros que são bem resistentes ao suor e a água, protegendo bem por até duas horas.
Para quem não sabe, destaca Krishna, o fator de proteção solar (FPS) é a principal medida da eficácia de um protetor solar e a referência na hora de se escolher um filtro. Ele quantifica o quanto o produto é capaz de ampliar a proteção contra a queimadura solar. Exemplificando, um protetor de FPS 30 permite que a pessoa se exponha ao sol sem ser atingida por queimadura de forma 30 vezes mais eficaz do que sem o uso do produto, cita.
Todo mundo deve se proteger. O sol não é brincadeira não! Tire suas dúvidas, pegue seu kit e curta o verão sem prejudicar sua pele.
A modelo e influenciadora digital Layla Brígido, 25 anos, não tira o protetor do nécessaire. Tento me proteger o máximo possível. Uso protetor com FPS alto, um produto para o corpo e outro para o rosto, conta a jovem, que passou a se cuidar ainda mais depois de tratar um linfoma. Tive um linfoma no pescoço e no mediastino. Isso foi em 2010. Daí passei pela quimioterapia e radioterapia, que deixaram minha pele ainda mais sensível, revela.
A proteção solar conta com ajuda de outros itens e eles devem ser usados, como frisa a dermatologista Karina Mazzini. Mas não se engane: usar um chapéu de abas largas não significa poder abrir mão do creme. Só recorrer ao uso de chapéu não é suficiente. O recomendado é que se use os dois: chapéu e filtro solar. Lembrando que há, ainda, o filtro solar via oral. O que se deve ter em mente é que quanto mais proteção, melhor. Mesmo quem vai usar aquelas camisas com proteção UV devem passar o filtro por baixo, segundo a médica. Mesmo usando as camisetas não se deve dispensar o uso de filtro solar. É sempre uma proteção a mais.
Até mesmo quando o tempo está nublado, independentemente de estarmos na praia ou na cidade, o uso do protetor solar é essencial. É ele quem protege a pele contra os raios UVB e UVA, principais causadores de queimaduras, manchas, envelhecimento precoce e câncer de pele. Então, mesmo quando o sol está escondido, a pele continua exposta aos raios UVA, já que eles possuem a capacidade de ultrapassar as nuvens.
A maquiagem não substitui o protetor solar. Nós temos boas maquiagens no mercado com fator de proteção solar em torno de 15, ou seja, isso não filtrar a radiação solar da forma que deveria. De qualquer forma, elas ajudam porque já é alguma coisa que está sendo colocada na pele para proteção. Por terem pigmento, essa substância também ajuda a filtrar. Mas em momento nenhum o filtro deve ser substituído por maquiagem. Ela entra como um coadjuvante.
As peles negras, mesmo tendo proteção, porque a melanina é um pigmento que já protege a pele, precisam de protetor solar sim. A média que eu recomendo para a pele negra é FPS 30, que é suficiente
Sempre que o paciente apresenta uma característica de pele oleosa ou seca, qualquer tipo de produto, não somente os protetores solares, deve ser escolhido de acordo com o formato que ele é fabricado. Para paciente de pele muito oleosa, recomendamos filtros solares em gel ou em aerossol, enquanto para a pele seca, o ideal é creme e loção cremosa. Para crianças, o ideal é utilizar filtros solares que têm boa aderência, ou seja, os que fixam por mais tempo.
Sim! As cápsulas de protetor solar são manipuladas conforme as necessidades de cada paciente e podem ser usadas associadas ao protetor solar tópico. A fotoproteção oral funciona apenas em uma ação conjunta. Precisamos também do filtro solar de uso tópico além de formas de proteção físicas, como chapéus, óculos e camisetas, para combater a radiação ultravioleta.
Os cânceres de pele costumam surgir nas áreas que sofrem maior exposição à radiação solar. Na região da cabeça e do pescoço representam 75% dos tumores de pele malignos e destes, 80% são do tipo Carcinoma Basocelular, em que à radiação ultravioleta (UV) é o principal fator de risco. Em relação à incidência de câncer de pele na orelha, as estatísticas giram em torno de 6% dos casos. Embora com baixa incidência os tumores, nessa região são mais agressivos e tem pior prognóstico quando comparados aos localizados no tronco e extremidades. Nessa região eles têm maior chance de recidiva e de metástase e geralmente o diagnóstico é mais tardio por serem de difícil visualização e detecção pelo paciente. Já em relação aos pés, a incidência de câncer de pele é menor.
O fator de proteção solar (FPS) é a principal medida da eficácia de um protetor solar e a referência na hora de se escolher um filtro. Ele quantifica o quanto o produto é capaz de ampliar a proteção contra a queimadura solar. Assim, um protetor de FPS 30 permite que a pessoa se exponha ao sol sem ser atingida por queimadura de forma 30 vezes mais eficaz do que sem o uso do produto. A recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é o uso de protetores solares com FPS de no mínimo 30. Usar acima de 30 quase sempre não é suficiente já que outros fatores além da aplicação periódica do filtro a cada duas horas vão influenciar na sua eficácia e, na maioria das vezes, não são praticados. Por exemplo, a quantidade correta de aplicação raramente é feita. Além disso, o contato com a água e o suor fazem com que o filtro vá perdendo o seu fator de proteção inicial. Dessa forma, é recomendado o uso de outras medidas de fotoproteção como roupas de proteção ultravioleta (UV), óculos de sol, chapéu ou viseira de aba larga e a proteção em barracas.
Sim, tem validade porque é feita de um tecido que absorve os raios UV. A validade depende da marca. Existem umas que resistem a muitas lavagens, enquanto outras, não.
Mesmo usando as camisetas não se deve dispensar o uso de filtro solar. É sempre uma proteção a mais.
Um filtro solar com tom oferece uma proteção a mais contra o melasma. Quem não tem melasma pode usar filtro branco, definido de acordo com o fototipo da pele. Mas nada impede que a pessoa use um filtro com tom, se assim preferir.
Filtro em pó exige que seja passado na pele em grande quantidade para realmente cumprir a função de proteger.
A pessoa pode usar, sim, um filtro mais alto no rosto e outro com FPS mais baixo no corpo. Importante levar sempre em consideração o protótipo. Os mais baixos devem recorrer ao FPS acima de 50.
Só recorrer ao uso de chapéu não é suficiente. O recomendado é que se use os dois: chapéu e filtro solar. Lembrando que há, ainda, o filtro solar via oral. O que se deve ter em mente é que quanto mais proteção, melhor.
Quem tem melasma deve evitar a exposição direta ao sol e usar filtro solar com base, que reforça a proteção. Também pode investir nas versões em cápsulas e em barreiras físicas, usando boné, óculos escuros e se protegendo em barracas. As opções de protetores solares são muitas: existem os clareadores e com vitamina C, por isso vale a pena consultar um dermatologista. Temos que avaliar se é um filtro para o dia a dia, se é um filtro para uma paciente que tem manchas ou melasma, se o paciente tem acne. Tem filtros específicos para rosto, corpo e até com ação hidratante.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a quantidade de protetor solar indicada para cada parte do corpo é: uma colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça. No corpo: uma colher de chá de protetor para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás e uma colher de chá para cada braço.
Quem abusou do sol e ficou com pele vermelha, ardida e sensível pode usar água termal, que ajuda bastante, além de loções pós-sol. Para aliviar a dor, tome banhos mais frios e coloque compressas de água fria. Para hidratar, use cremes e beba bastante água sempre. A prevenção é o mais importante.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta