A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa, caracterizada pela perda progressiva de neurônios em áreas associadas a funções cognitivas, tais como memórias de curta duração e linguagem. Hoje, é considerada uma das demências mais frequentes entre a população. Só no Brasil de hoje, cerca de 4,2 milhões de cidadãos têm demência ou declínio cognitivo leve, conforme a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).
Os sintomas são progressivos e passam por fases, indo desde perda de memória, desorientação, indecisão e depressão, passando por alteração na personalidade, na fala, alucinações, repetições, má coordenação, incontinência sanitária, inanição e alienação, chegando até o mutismo, perda de movimentos, infecções e morte.
Embora não tenha cura, o cuidado é mais eficaz em casos diagnosticados precocemente, proporcionando mais qualidade de vida ao portador. O tratamento é variado, de acordo com os sintomas presentes em cada caso, e buscam retardar a evolução da doença.
A prevenção inclui dieta equilibrada e saudável, atividade física regular e fuga de tóxicos, bem como prevenir problemas cardiovasculares, diabetes, colesterol e hipertensão. Na maturidade, manter o cérebro ativo por meio de leituras, passatempos e jogos de lógica também ajuda.
“Ao envelhecer, o ser humano tem maior probabilidade de desenvolver demências. Estimativas apontam que até 2050 a população mundial com Alzheimer deve triplicar, indo a aproximadamente 150 milhões de indivíduos”, conta o neurologista Alessandro Sousa, do Hospital São Luiz Campinas.
“Para não ser parte dessas estatísticas é importante ficar atento e evitar alguns fatores que, de acordo com estudos, podem aumentar o risco de degeneração mental. São eles: baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, alcoolismo, traumatismo cranioencefálico, sedentarismo, depressão, tabagismo, isolamento e poluição”, alerta o médico.
Uma pesquisa encomenda pela Associação Americana de Alzheimer, mostrou que quatro a cada cinco pessoas desconhecem o termo Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), que afeta até 18% dos idosos com mais de 60 anos e pode servir para iniciar um processo de identificação e controle do Alzheimer.
Segundo o geriatra Roni Chain Mukamal, da MedSênior, identificar os sintomas iniciais é fundamental para um ao diagnóstico precoce e a adoção de uma série de condutas capazes de evitar ou postergar o agravamento da doença. Ele acrescenta que a conscientização e informação são importantes no processo de prevenção.
O especialista explica que o CCL é caracterizado por mudanças sutis na memória e no fluxo do pensamento, tendendo a aumentar ao se levar em conta o envelhecimento populacional: os números estimam que o número que hoje é de 1,5 milhão de pessoas seja quatro vezes maior em três décadas.
Para ele, a relação entre médico e paciente e o acompanhamento mais próximo é um diferencial enquanto nem sempre é fácil distinguir problemas cognitivos resultantes de um envelhecimento normal daqueles relacionados à CCL, que tem relação com o Alzheimer. “Não são apenas as possibilidades de tratamento que crescem com a descoberta precoce, mas também pode ser previamente iniciado todo um trabalho de preparação para os cuidados futuros que a família e cuidadores deverão ter”, explica.
Segundo a nova publicação da Associação Americana de Alzheimer, estima-se que cerca de um terço das pessoas que apresentam um diagnóstico de CCL como um sintoma inicial da doença de Alzheimer evoluem para um quadro de demência em até cinco anos.
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