O leite materno é um alimento completo, que oferece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê nos primeiros meses de vida. Até os seis meses, nada precisa ser oferecido além do leite da mãe – nem mesmo água. Mas embora pareça um gesto simples, a amamentação costuma provocar muitas dúvidas entre as mães, especialmente as de primeira viagem.
Qual a posição correta para o bebê mamar? Qual a quantidade de leite o bebê deve consumir por dia? Como saber se o meu filho está mamando a quantidade adequada? A enfermeira obstetra Christianne Garcia Xavier, especialista em amamentação da Samp, explica que embora a “descida do leite” aconteça já no primeiro dia de vida do bebê, a amamentação não é um ato instintivo.
“Não é intuitivo, o bebê não nasce sabendo que ele tem que mamar. A mãe precisa aprender a amamentar e o bebê também precisa aprender a mamar. É natural que as mães tenham dúvidas e por vezes se sintam inseguras”, afirma.
A capacidade gástrica do bebê aumenta à medida que ele cresce. No primeiro dia de vida, ele é capaz de mamar aproximadamente 7ml de leite (algo semelhante a uma cereja), já com um mês a capacidade varia entre 80 ml e 150 ml (mais ou menos do tamanho de um ovo).
A criança, mesmo ainda muito pequena, dá sinais de saciedade. É preciso observá-lo! “Avaliar se o bebê larga o seio por conta própria ao final da mamada, se fica mais relaxado depois de mamar e se as mamas ficam mais vazias e leves depois que ele suga. Observar se a fralda está suja com xixi e cocô em boa parte das trocas, são alguns sinais de que o bebê está mamando bem. Lembrando que a urina deve ser sempre transparente e sem odor forte. Além do acompanhamento com o pediatra para verificar se o ganho de peso está dentro do esperado para a idade”, ensina Christianne.
Não há apenas uma posição correta. De modo geral, são pelo menos quatro opções e vale aquela que for mais confortável para a mãe e o bebê.
A forma como o bebê suga o peito da mãe também é importante. Uma “pega” correta vai garantir que a criança se alimente nas quantidades necessárias, sem machucar o seio da mãe. Para saber se a mamada está correta é preciso observar alguns pontos:
Os benefícios para mãe e bebê são muitos: diminui o sangramento da mulher no pós-parto, acelera a perda de peso, reduz a incidência de câncer de mama, ovário e endométrio; evita cólica, diarreia e alergia, além de hidratar e fortalecer o sistema imunológico do bebê.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que a amamentação siga de forma exclusiva até os seis meses do bebê, e de forma complementar pelo menos até os 2 anos. Mas mesmo após essa idade, o leite materno continua a oferecer nutrientes fundamentais, como vitaminas A, C, B12 e minerais.
Ainda tem anticorpos, calorias e proteínas, e diminui os riscos de obesidade e diabetes para a criança. “A amamentação influencia diretamente o vínculo entre mãe e filho, quanto mais tempo ela for amamentada, mais segura emocionalmente ela será. O recomendado é manter por dois anos ou mais, até ocorrer naturalmente o desmame”, afirma a enfermeira obstetra.
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