O diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina – hormônio produzido pelo pâncreas responsável pela manutenção do metabolismo da glicose.
A falta de insulina provoca uma deficiência na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. A doença é caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
Os principais sintomas da doença são fome, sede excessiva, aumento da frequência de urinar, de dia e de noite, e perda de peso não intencional. "Também pode ocorrer fraqueza, fadiga, náuseas e vômitos, formigamentos nos pés e pernas, infecções frequentes, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada. “Lembrando que, na maioria das vezes, não há nenhum sintoma”, diz a endocrinologista Cristiane Savian, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), cerca de 13 milhões de pessoas em todo o país vivem com a doença. Somente no ano passado, quase 30 milhões de atendimentos relacionados à diabetes foram realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), segundo dados do Sistema de Informações em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), sendo a maioria dos casos referentes ao tipo 2, a diabetes adquirida e que se relaciona a fatores como sedentarismo e obesidade.
Diante deste cenário, existem dois principais desafios a serem superados: o de dar mais qualidade de vida aos pacientes que convivem com o diabetes e o de prevenir novos casos.
Segundo a endocrinologista Renata Moretto, da Unimed Vitória, o bem-estar dos pacientes é determinado pelo tratamento adequado, que pode reduzir as complicações decorrentes da doença. “Quando não tratado, o diabetes pode levar o paciente a diversas complicações, como problemas na visão, nos rins, pés e pernas, além de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto do miocárdio”, alerta a especialista.
Por outro lado, Renata enfatiza que, embora haja algumas restrições, é cada vez mais possível ter uma vida de qualidade. “Uma pessoa com diabetes pode ter algumas limitações na rotina, mas isso depende do controle da doença e do tipo de diabetes (tipo 1 ou tipo 2)".
Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, resultando em altas taxa de açúcar no sangue (hiperglicemia).
No diabetes tipo 1, o corpo não produz insulina porque o sistema imunológico ataca as células do pâncreas. Já no diabetes tipo 2, o corpo produz pouca insulina ou não consegue usá-la direito, geralmente por causa de fatores como o obesidade e estilo de vida.
De acordo com Renata, muitas das medidas utilizadas para o controle da doença também atuam como ferramentas de prevenção para novos casos. “Para prevenir o diabetes, é importante manter uma alimentação saudável, evitando açúcar e carboidratos refinados, e priorizar fibras e gorduras saudáveis. Praticar exercícios físicos regularmente também ajuda a controlar o peso e melhorar a sensibilidade à insulina. Controlar o estresse, dormir bem e realizar exames de rotina são medidas fundamentais para identificar e prevenir o diabetes antes que ele se desenvolva", finaliza a médica.
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