No verão é preciso um pouco mais de atenção com a saúde das crianças. Tudo porque durante a estação é bastante comum episódios de diarreia infantil. "Nesta época, a temperatura aumenta favorecendo a proliferação de micro-organismos. As diarreias são potencializadas por condições sanitárias deficientes, aglomerações, má conservação de alimentos e má higienização", explica a pediatra Syane Gonçalves, da clínica Materlux.
Os principais sintomas da doença são a mudança no hábito intestinal, com aumento do número de evacuações no dia, de consistência amolecida ou líquida, podendo estar associada ao vômito, febre e outras manifestações clínicas. "O grande problema da diarreia é que ela pode causar a desidratação da criança. Ocorre um desequilibro entre a absorção e secreção de líquidos e eletrólitos. Esse desequilíbrio leva à desidratação, aumentando risco de mortalidade".
O tratamento é decidido após a avaliação do paciente, podendo ser necessário desde reidratação oral até venosa, com soro fisiológico ou glicosado. Comidas leves como sopas de frango, hortaliças, verduras e frutas, além de água de coco, são recomendadas. "Não é recomendada a ingestão de refrigerantes, líquidos açucarados, chás, sucos industrializado e café. Em alguns casos, são recomendados zinco, probióticos, antibiótico ou antiemético", diz a médica.
Syane Gonçalves ressalta que os pais devem ficar atentos aos primeiros sinais de desidratação como a criança com sede, a presença de saliva na boca, o olho fundo e o choro sem lágrimas. "Se a criança está fazendo xixi, se houve mudança na respiração, batimentos cardíacos e no estado de consciência. Bebês menores podem ficar mais hipoativo e sonolento".
A vacina rotavírus monovalente está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), em duas doses, idealmente dada aos 2 e 4 meses. Já a vacina rotavírus pentavalente, encontrada em redes particulares, é oferecida em três doses, idealmente aos 2, 4 e 6 meses. "Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser feita a partir de seis semanas de vida e no máximo até três meses e 15 dias, e a última dose até 7 meses e 29 dias. Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar após a vacinação, não se deve repetir a dose. A recomendação é de que não seja utilizada em crianças hospitalizadas. Em caso de suspeita de imunodeficiência ou recém-nascidos cujas mães usaram biológicos durante a gestação, a vacina pode estar contraindicada e seu uso deve ser avaliado pelo médico", finaliza a médica.
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