No último sábado (21), foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer. A data busca alertar para a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença que acomete, principalmente, a população idosa. Por se tratar de uma doença neurodegenerativa do grupo das demências, a condição compromete justamente a memória e outras áreas de cognição.
De acordo com o geriatra Gustavo Genelhu, a idade é o principal fator de risco mas algumas comorbidades como diabetes, depressão, além de problemas cardiovasculares e cerebrovasculares, também aumentam a probabilidade de desenvolvimento do Alzheimer.
Com maior incidência em pessoas idosas com mais de 80 anos, a doença costuma dar seus primeiros sinais ao afetar a memória. Conforme vai avançando, outras funções da rotina acabam sendo prejudicadas como tomada de decisões, visão espacial e capacidade de resolução de problemas.
"Um forma bem prática é perceber se o 'esquecimento' interfere nas suas atividades laborais e do dia a dia! O esquecimento por si só pode ser confundido com comprometimento da atenção por exemplo, e pode estar presente em outras condições clínicas como a ansiedade e depressão", explica o geriatra.
Ainda segundo Gustavo Genelhu, o Alzheimer leva a uma perda progressiva da capacidade produtiva e da autonomia, provocando uma total dependência para atividades básicas do dia a dia. Por isso, o cuidado com o paciente é tão importante. "O acompanhamento médico regular e é claro o suporte psicossocial aos cuidadores e familiares é essencial". diz.
Quando o assunto é suporte a pacientes com Alzheimer, os cuidados paliativos podem ser grandes aliados no tratamento. Por se tratar de uma doença que não tem cura, esta abordagem visa melhorar a qualidade de vida, aliviar os sintomas e proporcionar conforto em cada etapa da progressão da doença.
"O ideal é iniciar os cuidados paliativos já no momento do diagnóstico de Alzheimer. Isso proporciona à equipe médica tempo suficiente para conhecer profundamente o paciente e seus familiares, entendendo suas preferências, valores e expectativas", explica a médica paliativista Gianne Sudré.
A médica paliativista também destaca a importância dos cuidados paliativos para o melhor controle dos sintomas. Ansiedade, agitação e dor são alguns dos mais comuns e podem ser tratados com a combinação de terapias medicamentosas e não farmacológicas. "Com os cuidados paliativos, é possível priorizar o que é realmente importante para o paciente, reduzindo riscos e evitando intervenções desnecessárias, sempre com base nos desejos e valores expressos previamente", afirma.
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