A febre oropouche, transmitida principalmente por mosquitos, é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). A transmissão é feita a partir da picada de um mosquito. Em meados de maio, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Espírito Santo registrou 79 casos confirmados.
O infectologista Lorenzo Nico Gavazza, da Rede Meridional, explica que a febre oropouche é uma doença febril de causa viral. "É uma doença já conhecida no Brasil desde a década de 1960, quando atingia a região norte do país. Porém, este ano, houve um grande aumento no número de casos no país, com confirmação inclusive no Espírito Santo".
Os sintomas iniciais são muito semelhantes aos de outras arboviroses, doenças febris transmitidas por mosquitos, como a dengue, a zika e a chikungunya.
Alguns sintomas:
Lorenzo Nico Gavazza diz que a dengue costuma apresentar quadros agudos de potencial gravidade mas que, a partir do momento em que o paciente melhora, os sintomas desaparecem. "Por outro lado, a febre oropouche gera quadros mais brandos, porém apresentam dois picos de acometimento que costumam ocorrer da seguinte forme: o paciente apresenta sintomas na primeira semana; em seguida, o paciente melhora totalmente; então, na segunda semana, ele volta a apresentar os sintomas que podem durar por mais uma semana", explica.
O infectologista Igor Maia Marinho, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, diz que os sintomas da febre oropouche geralmente aparecem de três a oito dias após a picada do mosquito infectado. "Em casos mais graves, a doença pode levar a complicações neurológicas, como meningite e encefalite".
O médico explica que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas a partir da picada de mosquitos que podem ser de diversas espécies. "A doença é geralmente leve e autolimitada (costuma melhorar espontaneamente), porém em alguns casos a evolução pode ser desfavorável, levando ao óbito", ressalta.
O médico conta que não existe um tratamento específico para a febre oropouche. "O tratamento é sintomático, com foco no alívio da febre, dor e outros sintomas. Em casos graves, pode ser necessária hospitalização para monitoramento e suporte", diz Igor Maia Marinho.
A prevenção da doença envolve medidas para evitar picadas de mosquitos, como:
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta