A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infectocontagiosa, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo causar deformidades e incapacidades permanentes se não diagnosticada e tratada precocemente.
O ano de 2022 registrou mais de 17 mil casos da doença no Brasil, sendo o segundo país com maior número de novos casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia.
“A hanseníase é uma doença infectocontagiosa transmitida por uma bactéria - mycobacterium leprae - através da respiração, gotículas que ficam suspensas no ar. Possui afinidade pela pele e pelos nervos periféricos, podendo causar incapacidades físicas e deformidades”, declara a dermatologista Renata Amorim, da Rede Oto/Kora Saúde.
Para a dermatologista Juliana Massuda, do Hospital São Luiz Campinas, a conscientização e o combate ao preconceito, com informações corretas são essenciais, já que historicamente pessoas com hanseníase são afastadas de atividades comuns como convívio familiar, social e até mesmo de empregos.
A médica destaca que o contágio se dá apenas por meio de contatos domiciliares prolongados, ou seja, pessoas que moram com o doente. "Apertar as mãos, encostar, abraçar ou trabalhar com pessoas com hanseníase não provoca contaminação".
O tratamento da hanseníase é eficaz e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo o uso de antibióticos por um período específico. “O diagnóstico e início do tratamento precoce não apenas ajudam na cura da doença, prevenindo complicações e sequelas, mas também contribuem para a interrupção da transmissão”, enfatiza Juliana Massuda.
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