A jornalista Fernanda Gentil compartilhou com seus seguidores que foi diagnosticada com a paralisia de Bell. Ela começou a sentir os sintomas, que incluem rigidez e dificuldade de movimentar os músculos do rosto, logo após o Carnaval.
Em um vídeo em seu canal do YouTube, a apresentadora contou que começou a sentir os primeiros sintomas em um reencontro com seu filho caçula, Gabriel, que estava viajando com seu pai. "Quando ele chegou, eu obviamente agarrei ele, abracei, beijei, espremi, e senti que fiquei com a boca meio dormente. Passou aquela euforia toda, esqueci, distrai", disse.
A apresentadora disse que os sintomas pioraram no dia seguinte, durante diversas reuniões de trabalho. "Comecei a mandar vários beijos e não saia, a boca não firmava, sabe?". Logo, Fernanda foi ao banheiro fazer exercícios com o rosto e percebeu que uma parte de sua face estava paralisada. "Percebi que o lado da esquerda, que era justamente o que estava incomodando a minha boca, não estava correspondendo com o lado da direita".
A paralisia de Bell é causada por uma inflamação no nervo facial e não tem relação com o cérebro. Esse tipo de paralisia atinge o nervo que comanda os chamados músculos mímicos da face.
A neurologista Inara Taís de Almeida diz que a causa da paralisia não é totalmente conhecida. "A causa da paralisia de Bell não é totalmente conhecida, existe uma possível associação com o vírus do herpes".
O vírus do herpes fica adormecido no corpo. Quando nossa imunidade cai, por algum motivo, ele desperta e ataca o nervo facial, que controla os músculos do rosto. O nervo inflama e para de transmitir os impulsos nervosos que fazem os músculos se mexerem.
"O vírus que mais frequentemente leva a paralisia de Bell é o herpes simples, o mesmo vírus que causa o herpes labial e o genital. Esse vírus é muito comum e a maior parte das pessoas possui o vírus no organismo, mas ele permanece adormecido no corpo e só causa doença quando a nossa imunidade cai", diz a neurologista.
O otorrinolaringologista José Ricardo Gurgel Testa, do Hospital Paulista, diz que a paralisia de Bell é uma emergência médica e deve fazer o paciente procurar um pronto-socorro para o primeiro atendimento o quanto antes. "A precocidade do diagnóstico e tratamento é fator crucial no resultado de melhora ou cura", destaca o especialista, ao explicar que esse tipo de alteração está diretamente associada à inflamação ou inchaço do nervo facial.
"Quando afetado por alguma razão, esse nervo provoca sintomas como boca torta, dificuldade para movimentar o rosto e/ou falta de expressão em uma parte da face, o que também pode alterar de forma marcante a comunicação e a autoestima das pessoas", enfatiza o médico.
As causas, entretanto, podem ter diferentes naturezas: estresse, baixa imunidade, mudança repentina de temperatura, doenças neoplásicas ou até mesmo idiopáticas – ou seja, sem causas definidas.
Inara Taís de Almeida conta que os principais sintomas são a assimetria da boca quando a pessoa tenta sorrir e dificuldade em fechar o olho do lado atingido. O diagnóstico é feito através do exame clínico, ou seja, por testes realizados na própria consulta.
"O tratamento é feito com medicações e fisioterapia nos músculos da face. Com o tratamento medicamentoso precoce e a fisioterapia as chances de recuperação são altas", finaliza a médica.
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