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Psoríase: os sintomas da doença autoimune que afeta a apresentadora Ana Clara

Psoríase: os sintomas da doença autoimune que afeta a apresentadora Ana Clara

A apresentadora Ana Clara usou as redes sociais para falar da sua doença autoimune e desabafar sobre as dificuldades que vem enfrentando com os sintomas da psoríase

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 15:32

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A ex-BBB Ana Clara vai ganhar um programa na TV Globo
Ana Clara  revelou que descobriu o problema em seu corpo há três anos. (Instagram/anaclaraac)

A apresentadora Ana Clara usou as redes sociais para falar da sua doença autoimune e desabafar sobre as dificuldades que vem enfrentando com os sintomas da psoríase. Ela revelou que descobriu o problema em seu corpo há três anos.

"Descobri há uns três anos que eu tenho psoríase - para quem não sabe é uma doença autoimune de pele - e há dois anos, em agosto de 2022, eu fiz um tratamento superforte para psoríase direto no sistema imunológico", começou dizendo. Ela revelou que o tratamento tópico, por meio de pomadas, cremes e hidratantes, não teve efeito nela.

Ana Clara relatou ter descoberto recentemente três novas lesões, duas delas localizadas no rosto. “Semana retrasada, encontrei três novas lesões no corpo, duas no rosto. Parece uma catapora”, disse a apresentadora, ao descrever as marcas deixadas pela psoríase. “Eu percebo que, qualquer coisa que estresse meu organismo em excesso, a psoríase volta”. 

Entenda o que é a doença

A psoríase é uma doença inflamatória da pele caracterizada por manchas avermelhadas e descamativas, que podem acometer o corpo inteiro, inclusive o couro cabeludo, as unhas e em alguns casos as articulações, quando é chamada de artrite psoriática.

"É uma doença inflamatória crônica e não contagiosa, que pode se manifestar no couro cabeludo, na pele, nas unhas e nas articulações. É mais comum em caucasianos e pode surgir em qualquer idade, com picos de início entre 15 e 20 anos e 55 e 60 anos", explica a dermatologista Emilly Neves. 

A médica conta que a causa exata ainda é desconhecida, mas sabe-se que é uma doença autoimune com forte influência genética. "Acontece uma ativação desregulada do sistema imune, que induz as alterações na pele. É importante ficar atento em pessoas com histórico familiar de psoríase e outras doenças autoimunes, pois o risco de desenvolver a doença é mais elevado nestes casos".

Emilly Neves, dermatologista
A dermatologista Emilly Neves explica os sintomas da doença. (Divulgação)
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Na pele, a psoríase aparece como placas avermelhadas encobertas por escamas brancas. As lesões são assintomáticas ou apresentam coceira, dor e queimação

Emilly Neves
Dermatologista
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A médica conta que é mais comum a doença se manifestar no couro cabeludo, no tronco, nos cotovelos e joelhos, mas pode aparecer em qualquer área do corpo. "A pele tende a ser mais sensível, ressecada e as unhas se tornam frágeis e irregulares", diz Emilly Neves.

Tratamento

Os sintomas são as placas avermelhadas pelo corpo. A dermatologista Juliana Drumond diz que é muito comum começarem a aparecer sobre as articulações: dedos, mãos, cotovelos e joelhos.

A médica conta que a doença tem um componente hereditário importante, sendo de 30 a 40% das pessoas com psoríase têm familiar de primeiro grau com a doença. "É muito desencadeada e agravada por estresse. Alguns outros fatores como a pele seca, o clima mais seco e o frio podem agravar o quadro. Não há causa muito bem determinada, é multifatorial", diz Juliana Drumond. 

A doença não tem cura, mas pode ser tratada. De forma geral, os tratamentos indicados para quem tem psoríase são simples e com bons resultados na maioria das vezes. "Nos casos mais leves, cremes são suficientes para tratar. Se acometer uma extensão maior do corpo, normalmente é necessário o uso de medicações sistêmicas, orais ou injetáveis. Muitas vezes, quando se suspende o tratamento, ela volta", diz a dermatologista.

Emilly Neves diz que existem várias opções de tratamento, como cremes, fototerapia, medicações em comprimido ou injetáveis. Realizar exposição ao sol por poucos minutos (com proteção) pode auxiliar pelo efeito anti-inflamatório. "A melhora das lesões é excelente e os pacientes ficam mais felizes e confortáveis com a pele. Há vários estudos para avaliar a ação e eficácia de novos medicamentos".

Os tratamentos mais modernos envolvem o uso de imunobiológicos para casos mais graves, como eritrodermia, quando atinge toda a superfície corpórea. "Essa medicação tem custo elevado, mas é coberta pelo plano de saúde ou fornecida pelo SUS, se houver indicação", conta Juliana Drumond.

A médica explica que, em relação ao uso de produtos para a pele, é muito importante a hidratação, com produtos para peles sensíveis. "Em alguns casos, podem ser usados cremes à base de corticoide e à base de coaltar e enxofre. Existe a opção com cremes imunossupressores à base de inibidores de calcineurina". Para casos moderados a graves, são indicadas a exposição solar e a fototerapia, tratamento com raios ultravioleta que ajuda bastante no controle das lesões. 

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