A pandemia gerada pela Covid-19, a dificuldade do Brasil em aprovar as reformas estruturais que permitiriam maior ganho de produtividade, assim como a difícil interlocução com as lideranças políticas dos outros países contribuíram para que o Brasil se tornasse o terceiro colocado (10,74%) em um ranking de maior inflação acumulada em 12 meses (até novembro, 2021), ficando atrás apenas de Argentina (49,87%) e Turquia (19,89%).
O problema da inflação elevada forçou o Banco Central (BC) a elevar os juros domésticos de maneira rápida e significativa como forma de conter o galope inflacionário. Atualmente, a Selic atingiu o patamar de 9,25% ao ano.
O aumento da inflação é ruim na medida em que compromete a renda das famílias, assim como freia o crescimento econômico. Por outro lado, para as pessoas poupadoras torna-se oportunidade de investimento em algumas classes de ativos.
Posso citar as ações, os fundos imobiliários e os ativos de renda fixa como alternativas atrativas nesse momento em que os juros subiram e os preços dos ativos negociados na bolsa caíram. Vamos nos ater à renda fixa nesse texto.
Nesse patamar de juros (9,25% ao ano) e com perspectiva de atingir 11,25% ao ano, as alternativas de renda fixa ficaram muito atraentes. É possível encontrar ativos prefixados com garantia e rentabilidade de aproximadamente 13% ao ano, assim como investimentos com remuneração de IPCA + 5% ao ano.
Importante ressaltar a importância do investidor encaixar essas alternativas em seu planejamento financeiro, uma vez que normalmente as alternativas de investimentos mais rentáveis tem prazos de vencimentos um pouco mais longos.
Para o investidor tradicional e que ainda prefere a tradicional poupança, vale atentar para os ativos pós fixados como LFTs, CDBs e fundos DI (com taxas de administração baixas) como alternativas mais rentáveis e tão seguras quanto a poupança. Sem contar ainda que a capitalização desses ativos é diária, enquanto a poupança só capitaliza o investimento ao completar 30 dias.
Até a próxima!
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