A reserva de emergência é comumente indicada para compor um portfolio no planejamento financeiro individual e familiar. O percentual da carteira a ser alocado nesse tipo de ativo varia muito em função da estabilidade garantia da renda mensal do indivíduo/família. Indicamos um valor padrão que corresponda a 6 meses de gastos correntes.
Esse valor normalmente é aplicado em ativos seguros, tanto do ponto de vista da garantia do crédito, quanto com relação à garantia da rentabilidade contratada. Isto é, um tipo de investimento que o investidor, caso precise, possa resgatar os recursos com agilidade e sem perdas. São alguns exemplos desses ativos: LFT, CDB, LCI e Fundos DI.
Há alguns meses, os investidores não se interessavam mais em olhar para esse tipo de investimento em função da baixa rentabilidade apresentada, já que a SELIC estava em níveis muito baixos. Agora, isso está mudando. Dados do Relatório Focus do Banco Central (24/12/2021) indicam isso.
Com SELIC em 9,25% e com possibilidade de chegar aos 11,5% ao ano em 2022, podemos voltar e ver um juro real de aproximadamente 5% ao ano nesse tipo de ativo. Importante destacar que esse juro real citado em ativo sem risco e com liquidez é um privilégio difícil de ser encontrado.
A título de curiosidade: o juro real é o que efetivamente mostra quanto rende um investimento. Isso porque ele desconta do rendimento o impacto que a inflação (IPCA) causa no período em que os recursos estiveram investidos. Em períodos de inflação alta, ficar atento ao juro real de um investimento é ainda mais importante.
Essa mudança de cenário explica a elevada busca por esse tipo de ativo que, de quebra, pode ser aproveitado para eventual surgimento de oportunidades imperdíveis de investimentos, seja no mercado financeiro, seja na chamada economia real.
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