No Brasil e no Espírito Santo, maioria dos casos de estupro é contra meninas e mulheres
No Brasil e no Espírito Santo, maioria dos casos de estupro é contra meninas e mulheres. Crédito: Shutterstock

Casos de estupros de mulheres e meninas crescem; ES tem 4 vítimas por dia

Dados mostram que em 2023, ano que o caso Araceli completou 50 anos, houve um aumento de ocorrências de estupro de vulneráveis na comparação com 2022

Tempo de leitura: 2min
Vitória
Publicado em 19/07/2024 às 06h00

Ao longo do último ano, o Espírito Santo registrou mais de quatro casos de estupros contra meninas e mulheres por dia. Foram 1.489 denúncias em 2023 – um crescimento de 9% em relação a 2022 (1.366), segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18). São 75,8 vítimas a cada 100 mil mulheres.

Chama a atenção o número de casos de estupro de vulneráveis, contra vítimas do sexo feminino menores de 14 anos ou incapazes de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade. Foram 1.100 registros, que equivalem a 73,87% do total e uma alta de 12% em comparação com 2022 (974 denúncias). A alta, inclusive, foi registrada no ano que o caso Araceli completou 50 anos.

Os dados são referentes aos casos consumados e, em virtude da Lei Federal 12.015/2009, que altera a conceituação de “estupro”, são considerados, além da conjunção carnal, os “atos libidinosos” e “atentados violentos ao pudor”.

Dados nacionais

No país, o número chegou a 72.454 em 2023, com crescimento de 5,3% na comparação interanual (68.798). Destes, 54.297 se referem a estupros de vulneráveis, que também registraram aumento em relação ao ano anterior (51.546).

Ainda de acordo com o Anuário, considerando todas as faixas etárias, familiares são os agressores em metade dos casos de violência sexual no país. Parceiros íntimos e ex-parceiros representam 20,8% dos agressores e 14% são outros conhecidos das vítimas. Apenas 15,3% dos casos de violência sexual foram praticados por desconhecidos das vítimas.

ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO SOBRE 50 ANOS DO CASO ARACELI

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