Genizia Gianizelli Machado Santos foi assassinada pelo companheiro em Guarapari
Genizia Gianizelli Machado Santos foi assassinada pelo companheiro em Guarapari. Crédito: Archimedis Patrício | Reprodução

Morta pelo companheiro, Genizia sonhava em comprar um sítio no interior

Genizia Gianizelli Machado, de 52 anos, teve a vida interrompida de forma brutal. Ela foi morta a facadas   pelo companheiro em Guarapari

Tempo de leitura: 2min
Vitória
Publicado em 06/01/2023 às 16h22

Genizia Gianizelli Machado, de 52 anos, teve a vida interrompida de forma brutal pelo companheiro na noite de terça-feira (3). Morando em Guarapari há algumas décadas, a empregada doméstica sonhava em comprar um sítio e retornar ao interior.

Mãe de dois filhos, Genizia foi assassinada a facadas pelo companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento. Após o crime, o homem de 56 anos chegou a se ferir com intuito de fingir ter agido em legítima defesa, uma versão que não convenceu a polícia. Ele foi preso.

Genizia nasceu no interior, na região de Nova Venécia. Tem dois irmãos e quatro irmãs e, segundo o filho, Wilgner Carvalho, de 30 anos, ela se mudou para Guarapari para ficar mais perto das irmãs.

“Ela se casou bem jovem com meu pai, foram casados por mais ou menos 13 anos, tiveram minha irmã e eu, e, quando eu tinha 9 anos, eles se separaram. Ela se mudou para Guarapari porque as irmãs moravam lá. Minha irmã foi morar com ela em seguida eu fiquei com meu pai.”

Em Guarapari, Genizia se casou novamente após algum tempo, mas o relacionamento terminou de forma amigável. O homem chegou a se casar outra vez e ela e a nova mulher do ex-companheiro se tornaram amigas.

“Minha mãe tinha uma boa relação com as pessoas. Era alguém muito simples, tinha humildade e não fazia acepção de pessoas por conta do que quer que fosse, classe, raça, nada. Ela teve outros relacionamentos, até que chegou ao último, que cometeu o homicídio.”

Wilgner Carvalho

Filho de Genizia

"Ela sempre foi empregada doméstica. Não tinha o segundo grau completo. Ela dizia que estava insatisfeita, queria voltar para o interior porque gostava de trabalhar, cuidar da própria horta, produzir o próprio café, pimenta. O sonho dela era comprar um sítio no interior e se mudar para lá "

Wilgner conta que ainda não sabe como será daqui para frente. O temor é de que o assassino da mãe seja solto.

“Não sei se foi planejado. Minha mãe ficou três meses fora e, no dia que voltou, foi assassinada. Minhas sobrinhas, que gostam de jogar no celular, encontraram alguns vídeos no celular dela, coisas que ela gravou dele ameaçando ela, mas está tudo com a polícia agora.”

E completa: “A gente tem que se apegar em Deus agora, seguir a vida. Não vai voltar ao que era antes, mas vamos tentar seguir.”

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