Emanuelly Aguiar foi morta com um tiro no peito dentro de casa no bairro Grande Vitória.
Emanuelly Aguiar foi morta com um tiro no peito dentro de casa no bairro Grande Vitória. Crédito: Arquivo pessoal

Morta pelo ex em Vitória, Manu planejava festa de aniversário em janeiro

Emanuelly Cristina Aguiar, de 18 anos, era chamada carinhosamente pela família de Manu. Ela foi assassinada pelo ex-namorado em 3 de dezembro, com um tiro no peito

Tempo de leitura: 3min
Colatina
Publicado em 29/12/2021 às 16h58

Emanuelly Cristina Aguiar, Manu, como era chamada carinhosamente pela família, adorava a época de fim de ano, por causa das festas de Natal e ano novo, mas também porque era o momento de começar a planejar o aniversário dela. Ela estava animada para comemorar os seus 19 anos no dia 12 de janeiro. Mas os planos da jovem foram interrompidos na tarde de 3 de dezembro.

Emanuelly foi assassinada com um tiro no peito dentro da casa em que morava com os avós no bairro Grande Vitória, na Capital do Espírito Santo. Segundo a polícia e familiares da vítima, o ex-namorado é o principal suspeito.

A data do aniversário era esperada todo ano com ansiedade por Manu. Ela gostava de reunir a família. “Todo o aniversário, ela sempre dava um jeito de comemorar, nem que fosse uma festinha pequena, mas tinha que ter alguma coisa”, conta a avó Arilda Aparecida Araújo Ferreira, de 54 anos.

Manu fazia questão de comemorar os aniversários.

Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários. Arquivo pessoal
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários. Arquivo pessoal
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários. Arquivo pessoal
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários. Arquivo pessoal
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários. Arquivo pessoal
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.
Manu fazia questão de comemorar os aniversários.

“Ela era a alegria em pessoa. Sempre muito animada e carinhosa”, lembra a mãe, Débora Cristina Araújo, de 39 anos. Manu tinha outras duas irmãs mais novas, que moravam com a mãe. Todas muito unidas. Elas tinham um grupo de mensagens juntas

Dois dias antes do crime, elas tinham ido ao cinema. “A gente fazia esse encontro no cinema todo o fim de ano, quando eu recebia o 13º salário, e tinha um dinheiro a mais. Foi a última vez que vi minha filha. A última vez que ela falou comigo: ‘bença mãe, te amo’”, conta Débora.

A mãe conta que a jovem começou a trabalhar aos 15 anos, fazendo estágios, enquanto ainda estudava. Manu deixou os estudos de lado durante a pandemia, porque não conseguia acompanhar as aulas de forma remota, e começou a trabalhar na lanchonete de uma tia.

Manu começou a trabalhar desde os 15 anos, com estágios, enquanto ainda estudava. . Crédito: Arquivo pessoal
Manu começou a trabalhar desde os 15 anos, com estágios, enquanto ainda estudava. . Crédito: Arquivo pessoal

Ela pretendia voltar a estudar e fazer um curso de radiologia, em 2022, segundo a avó, e também continuar com a independência que conseguiu conquistando o próprio dinheiro, mas esse plano também foi interrompido.

“Ela dizia: ‘ainda vou dar orgulho para você e para os meus avôs. Eu vou ser alguém mãe’. Não acredito que um ser humano pode ter tirado isso da minha filha”, diz Débora.

O RELACIONAMENTO

Manu namorava com o suspeito há mais de um ano, mas tinha terminado o relacionamento no dia 1 de dezembro. O casal tinha uma relação conturbada, marcada por muitas brigas e crises de ciúme.

Débora Cristina Araújo

Mãe de Emanuelly (Manu)

"Eu mostrava para ela as notícias no jornal, de mulheres que tinham sido mortas por maridos e namorados, falava com ela para tomar cuidado porque ele podia fazer isso também. Mas ela sempre falava que ele não teria coragem. Eu falava: minha filha, isso é o que essas mulheres também acreditavam até morrer"

A família de Emanuelly entregou aos investigadores da Polícia Civil um arquivo com mensagens que teriam sido trocadas entre a jovem e o ex-namorado em um aplicativo de conversa.

No dia 28 de novembro, o suspeito teria escrito que ele poderia voltar para a cadeia, mas que ela não o desrespeitaria mais.

crime aconteceu em 3 de dezembro
Mensagens trocadas entre Emanuelly e o ex-namorado foram entregues à polícia. Crédito: Reprodução/Roberto Pratti

No dia do crime, Manu chegou a ser socorrida com vida para o Pronto Atendimento de São Pedro, mas morreu na unidade. O ex-namorado da jovem tinha entrado na casa minutos antes do crime, segundo a polícia. Ele teria ajudado a prestar socorro. Para os policiais, o suspeito disse que o tiro foi acidental. Logo depois ele fugiu.

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