Após colocar cargo à disposição, promotor segue como chefe no MPES
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O promotor Marcelo Lemos, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), afirmou na manhã desta sexta-feira (1) que permanece no cargo de diretor do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoa). Em 14 de novembro, ele havia protocolado um documento em que colocava seu posto à disposição.
Na ocasião, a atitude tomada por Lemos foi vista como um dos sinais de um racha no grupo que lidera o órgão atualmente, como explicou a colunista Letícia Gonçalves. Haverá eleição para procurador-geral de Justiça ano que vem e Lemos estaria apoiando um candidato diferente daquele apoiado pela atual PGJ. No documento, porém, o chefe do Meio Ambiente atribuiu a decisão apenas "aos últimos acontecimentos".
Em entrevista à Rádio CBN Vitória na manhã desta sexta, ele disse que a carta "não foi pedido de saída. Foi uma questão interna, burocrática, que tomou uma proporção equivocada". Afirmou ainda que segue no cargo com a "anuência da procuradora-geral", que, segundo ele, é uma entusiasta da questão ambiental.
O promotor está atualmente em Dubai, nos Emirados Árabes, para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), representando o MPES e como diretor do Caoa. O Ministério Público foi questionado por A Gazeta a respeito da permanência de Lemos à frente do cargo que ele mesmo havia colocado à disposição, mas ainda não houve resposta.
Natalia Bourguignon
Repórter / [email protected]