Após tapa no rosto de homem, delegado de Piúma é transferido para Vitória
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O delegado David de Santana Gomes, flagrado por uma câmera de segurança dando um tapa no rosto de um homem em frente a um estabelecimento comercial em Piúma, Sul do Espírito Santo, foi transferido para atuar em Vitória. Conforme publicação no Diário Oficial do Estado em 20 de setembro, o titular da Delegacia de Piúma deixa a unidade e passa a fazer parte da Central de Teleflagrantes, que funciona na sede da Polícia Civil, na Capital.
A transferência aconteceu após a agressão flagrada no dia 4 de setembro. Na publicação, o delegado geral da Polícia Civil, José Darcy Santos Arruda, justifica a mudança para "melhor distribuição de efetivo, visando busca de melhores resultados e eficiência". A Central de Teleflagrantes é subordinada à Superintendência da Tecnologia da Informação e Comunicação (Sutic).
Após o fato, a Polícia Civil disse que a Corregedoria da corporação abriu o procedimento de Investigação Sumária (IS) para apurar o que chamou de "possíveis irregularidades cometidas pelo servidor", e destacou que a investigação ocorre tanto no âmbito administrativo quanto no criminal.
Sobre a transferência, a corporação voltou a dizer, na nota, o que consta na publicação no Diário Oficial, destacando que "visa uma melhor alocação do efetivo policial", e informou que aguarda a decisão da Justiça sobre a possível suspensão das funções do delegado.
Em relação ao caso de agressão envolvendo o delegado, a Polícia Civil disse que a investigação segue em andamento, com oitivas, diligências e produção de provas técnicas. "Caso seja confirmada a violação de normas, a conclusão da IS poderá resultar na abertura de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), para responsabilização no âmbito disciplinar. Paralelamente, um Inquérito Policial (IP) está em curso para apuração na esfera criminal", finalizou.
A reportagem de A Gazeta apurou que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil recebeu a notícia dos fatos envolvendo o delegado no final do expediente do dia 13 de setembro, e o Inquérito Policial Correcional foi instaurado no dia 16 do mesmo mês, pela Divisão de Crimes Funcionais (DCF) da corporação, para apurar os delitos em tese indicados, de abuso de autoridade, ameaça, constrangimento ilegal, difamação, fraude processual, injúria, e lesão corporal.