'Extrema gravidade': juiz mantém prisão de advogado por morte na Mata da Praia
-
Link copiado
O advogado Luis Hormindo França Costa, de 33 anos, teve convertida em preventiva a prisão em flagrante. É o que decidiu o juiz Alcemir dos Santos Pimentel, na manhã deste domingo (21), durante audiência de custódia. Na avaliação do magistrado, os disparos efetuados em via pública configuram um fato de "extrema gravidade" e conceder a liberdade, neste momento, seria "temerário", ou seja, perigoso.
"Em análise dos autos é possível concluir que existem provas suficientes da existência de crime a ensejar a materialidade do delito e fortes indícios de que o autuado realmente tenha praticado o crime que lhe foi atribuído", destaca o magistrado no termo de audiência de custódia.
"A liberdade do autuado, neste momento, se mostra temerária e a prisão preventiva oportuna, considerando a extrema gravidade do fato narrado, que inclusive culminou na morte da vítima, tendo ocorrida em via pública a troca de tiros, com intenso trânsito de pedestres, motivo pelo qual, a fim de resguardar a ordem pública e instrução processual", manifesta.
Durante a manhã deste domingo (21), o secretário de Estado da Segurança Pública, Eugênio Ricas, afirmou que foram efetuados mais de 30 disparos durante a confusão e comparou a situação a um faroeste. Luiz Hormindo passou pelo Centro de Triagem de Viana (CTV) e, segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), foi encaminhado à Penitenciária de Segurança Máxima 1.
O advogado Leonardo Gagno, que defende Luis, afirmou que o cliente agiu em legítima defesa. Ele contou que, há cerca de um mês, Luis teria sido ameaçado por Manoel, no mesmo local, após ele questionar a questão da coleira. No sábado, a discussão aconteceu novamente.
"Ele se defendeu. Estava passeando com o cachorro quando começou um conflito verbal, a esposa do seu Manoel começou a atacá-lo com palavras, o seu Manoel correu dentro de casa para pegar um revólver e quando voltou, já voltou atirando nele. Ele precisou correr para se proteger, durante a corrida ele atirou também, mas não acertou o seu Manoel. Seu Manoel não se deu por satisfeito, continuou atrás dele e atirou de novo, e aí sim ele dispara mais uma vez e acerta o seu Manoel. O seu Manoel na verdade não é vítima, ele é agressor. Meu cliente agiu em legítima defesa", disse, em entrevista ao repórter Caíque Verli, da TV Gazeta.
Vinicius Zagoto
Repórter / [email protected]