Jovem é preso após dar tapa nas nádegas de PM no meio da rua em Vila Velha
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Imagine levar um tapa nas nádegas enquanto caminha pela rua? Essa situação revoltante aconteceu com uma soldado da Polícia Militar, na Praia de Itaparica, em Vila Velha, na última segunda-feira (2). O suspeito, identificado como Thiago Peixoto Lirio, de 25 anos, foi perseguido e acabou preso.
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a soldado contou que estava andando pela rua, chegando perto de casa, quando sentiu o tapa forte. Ela olhou para trás e viu o rapaz na bicicleta, seguindo tranquilamente. A mulher correu atrás dele e uma moça que passava pelo local ajudou, empurrando o suspeito do veículo. Ele caiu, mas continuou correndo, até que foi contido por um motociclista.
"Primeiro, fiquei muito assustada. Minha primeira reação foi xingar e aí fui atrás dele. Percebi que ele não estava com objeto ou arma nas mãos, algo que poderia me machucar. Eu estava de folga, não estava de serviço. Eu consegui continuar correndo atrás dele, com a ajuda de outra moça e de alguns motoboys. As pessoas ajudaram e ele foi contido", disse, em entrevista à TV Gazeta.
Em entrevista ao repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, a soldado da Polícia Militar afirmou que nunca passou por situação parecida. A mulher havia passado pela academia e supermercado antes de ser vítima de importunação sexual.
"Eu estava chegando em casa, tinha acabado de sair da academia, passado no mercado. Estava na calçada do meu prédio, prestes a entrar no portão da minha casa, quando ele passou por trás de mim e desferiu um tapa na minha bunda. Foi muito forte. É a primeira vez que passei por essa situação. Depois que ele foi mobilizado, não tive mais reação", afirmou.
O suspeito foi levado para a Delegacia Regional de Vila Velha. No pátio da unidade policial, ainda conforme o boletim de ocorrência, ele se soltou das algemas para tentar fugir, mas foi contido. Thiago foi autuado por importunação sexual e encaminhado ao presídio. Na manhã desta terça-feira (3), ele passou por exames no Instituto Médico Legal (IML), em Vitória.
Às mulheres, a vítima de importunação sexual fez um alerta: "Jamais achei que fosse passar por isso, por estar na porta da minha casa e pela profissão que eu tenho. Fiquei sabendo que ele assumiu o que fez e disse que não foi a primeira vez que fez aquilo. Espero que as mulheres tenham mais consciência, que não se calem. Peçam ajuda. Grite, peça ajuda, porque um indivíduo desse poderia cometer algo até pior, como um estupro", ressaltou.
Júlia Afonso
Repórter / [email protected]