Justiça aumenta pena de inspetores penitenciários por morte de detento em Colatina

Caso aconteceu em janeiro de 2015, quando Wesley Belz Guidoni foi encontrado sem vida no interior da cela onde estava preso provisoriamente

Publicado em 17 de junho de 2024 às 13:56- Atualizado há 15 dias

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CDP de Colatina, onde aconteceu o caso
CDP de Colatina, onde aconteceu o caso. (Divulgação)

Inspetores penitenciários envolvidos na morte de um detento em 2015, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, receberam uma nova condenação, de nove anos e quatro meses em regime fechado. Wesley Belz Guidoni foi encontrado sem vida dentro de uma cela, onde estava preso de forma provisória.

A decisão ocorreu após a Justiça entender que havia provas e testemunhos suficientes para a nova pena – antes a condenação de ambos era a sete anos de prisão. Eles ainda foram ordenados, cada um, a pagar R$ 20 mil em indenização. Conforme o inquérito policial, Wesley havia sido torturado antes de morrer. O caso voltou à tona após o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) recorrer.

Os inspetores penitenciários são Olair José dos Santos Júnior, Wallace Neves de Oliveira, Derlivaldo Figueiredo Ferreira e Frankieli de Avelar. Após a decisão, eles podem recorrer.

Procurada por A Gazeta, a defesa de Olair José, representada pelo advogado Hocilon Rios, informou que ainda não foi comunicada da decisão. "Assim que for intimado, as medidas de recurso serão propostas", acrescentou.

A reportagem tenta localizar os advogados responsáveis pela defesa de Wallace, Derlivaldo e Frankieli. O espaço está aberto para quem quiser se manifestar.

Nenhum dos quatro deu entrada no sistema prisional, desde quando o caso aconteceu. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) ainda informou que “os citados exerciam a função de agentes penitenciários em designação temporária e foram desligados do quadro operacional da pasta no vencimento dos respectivos contratos”.

Errata Correção
18 de junho de 2024 às 06:57

A versão anterior desta matéria informava que os condenados eram policiais penais, mas o correto, conforme consta no portal de transparência da Sejus, é que eles eram inspetores penitenciários – último cargo exercido na pasta antes de serem desligados. O título e o texto foram corrigidos.

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*Com informações da TV Gazeta Noroeste

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