Plataforma da Petrobras fica inclinada em alto-mar; não há feridos, diz estatal
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Uma plataforma da Petrobras ficou inclinada em alto-mar neste sábado (21), chamando a atenção nas imagens que começaram a circular nas redes sociais. Segundo a empresa, o incidente ocorreu na plataforma P-19, no Campo de Marlim, na Bacia de Campos no Rio de Janeiro, que "está estável e em segurança".
A Petrobras informou que, por volta das 12h, durante uma manobra de estabilidade, a plataforma sofreu uma inclinação acidental. "A situação foi rapidamente controlada, e a P-19 está em condição segura, sem danos às pessoas ou ao meio ambiente", disse a estatal, em nota enviada para A Gazeta.
Ainda segundo a Petrobras, nenhum funcionário ficou ferido. A empresa informou que as autoridades competentes foram notificadas e uma comissão técnica foi instalada para investigar as causas do incidente.
A plataforma está em processo de “descomissionamento” após o fim de sua atividade produtiva. De acordo com a própria estatal, o chamado "descomissionamento" ocorre quando a capacidade produtiva dos campos for reduzida, tornando-os economicamente inviáveis, e/ou quando as instalações de produção atingirem o final de sua vida útil.
O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro) confirmou para A Gazeta que "a plataforma P-19 teve uma inclinação (chamada de adernamento), mas já voltou ao normal". Segundo o sindicato, não há informações sobre capixabas no local e "não foi necessária a evacuação da plataforma. Todos a bordo estão bem", concluiu, em nota.
Já a Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1oDN), informou, também por meio de nota enviada à reportagem, que a Capitania dos Portos de Macaé (CPM) recebeu a informação, por volta das 15h, do adernamento da plataforma. "Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado pela CPM para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, ele será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei no 2.180/45", diz o comunicado.
A Marinha ressalta que pode ser acionada pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1oDN, para outros assuntos, inclusive denúncias).
Wilson Rodrigues
Repórter / [email protected]