Polícia vai investigar por que enfermeira morta no ES não teve medida protetiva
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A corregedoria da Polícia Civil (PC) vai investigar por que a medida protetiva solicitada pela enfermeira encontrada morta em Alfredo Chaves, Íris Rocha de Souza, de 30 anos, não chegou a ser tramitada. O pedido foi feito em outubro de 2023 contra o ex-namorado Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos, preso nesta quinta-feira (18), suspeito de ter cometido o assassinato.
Segundo o delegado-geral da PC, José Darcy Arruda, na época da solicitação, o sistema estava passando por mudanças e se tornando totalmente eletrônico, o que pode ter levado a alguma falha. "Ela não chegou a retornar na delegacia depois de ter feito o boletim, mas já mandei apurar com rigor o motivo de não ter dado andamento à medida protetiva", explicou o chefe da corporação.
Durante coletiva, realizada nesta quinta, o secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre Ramalho, contou que o investigado tentava controlar toda a rotina da vítima, que estava grávida de oito meses. Os relatos de amigos e familiares são de um reacionamento abusivo. Cleilton respondia as mensagens de aplicativo da enfermeira, determinava o que ela poderia vestir, além de ficar "de plantão" esperando ela sair do trabalho.
Mikaella Mozer
Repórter / [email protected]