A distribuição de energia elétrica tem se transformado com iniciativas para diminuir o desperdício e tornar as operações mais sustentáveis. Os próximos passos incluem o uso de drones e inteligência artificial, para agilizar a manutenção dos serviços, e a produção de energia solar e hidrogênio verde.
Responsável pelo fornecimento de energia em 70 municípios capixabas, a EDP tem investido em tecnologias emergentes, aquelas inovações que são utilizadas, mas não totalmente disseminadas, e também em soluções de longo prazo, antecipando tendências mais distantes.
Para agilizar o processo de recenseamento periódico do parque de iluminação, a EDP desenvolve, em parceria com a startup RoboticTech, uma solução que reúne inteligência artificial e drone para captar dados, dentro do Programa de Empreendedorismo Industrial do FindesLab.
A iniciativa consiste em realizar voos de drone de modo autônomo e manual para a aquisição de imagens georreferenciadas. Com esse material, é possível classificar as gravações automaticamente a partir de um sistema de inteligência artificial e também gerar um relatório.
O objetivo é atualizar a base cadastral do parque de iluminação pública, que acaba ficando desatualizado com a expansão das cidades. A partir dos drones, é possível identificar o tipo de lâmpada e potência, entre outros dados importantes para mensurar o consumo.
A EDP tem apostado também em energias mais limpas, com o investimento de R$ 200 milhões em energia solar no Espírito Santo e a produção da primeira molécula de hidrogênio verde do Brasil, na unidade de geração localizada em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, em dezembro de 2022. “Por meio de um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento de H2V (hidrogênio verde) na UTE Pecém, a iniciativa prevê o desenvolvimento de um roadmap (espécie de guia) com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos da cadeia de produção do gás”, explica o vice-presidente de Distribuição da EDP, Dyogenes Rosi.
O hidrogênio verde, diferentemente das outras formas de geração do gás, tem uma produção limpa, visto que os insumos principais são água ultrapura e fonte de energia renovável, como a solar e a eólica. Sua produção possibilita a geração limpa de outros commodities, como amônia e querosene de aviação, contribuindo para uma economia de baixo carbono.
“Essa tecnologia contempla uma usina solar com capacidade de 3 megawatts (MW) e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível H2V com garantia de origem renovável. A capacidade é de produzir 250 Nm3/h do gás”, destaca o vice-presidente.
A estratégia da companhia é reduzir cada vez mais a participação da matriz hidrelétrica no seu parque gerador e investir em energias limpas e renováveis.
A EDP também tem usado novas tecnologias no monitoramento em tempo real das operações, o que permite acompanhar os canais presenciais e remotos de atendimento. “Desde 2020, a empresa atua com agências 100% automatizadas espalhadas pelo Espírito Santo, com atendimento telepresencial intuitivo, reduzindo o tempo de resolução em 25% em média”, afirma Rosi.
Nos últimos anos, a companhia também aderiu a tecnologias relacionadas a pagamentos digitais, como Pix e o aplicativo da empresa, além do WhatsApp, como meio para oferecer serviços de forma totalmente remota. Dados da empresa mostram que, atualmente, 84,2% dos atendimentos da EDP são feitos on-line.
Outra frente de atuação é o combate aos furtos de energia. “Os investimentos robustos da EDP em tecnologia têm sido fundamentais para a detecção de potenciais alvos de irregularidade, por meio da análise dos diversos padrões de consumo dos clientes, em boa parte feita computacionalmente, com ajuda de algoritmos, métodos e ferramentas estatísticas”, explica o vice-presidente de Distribuição.
A companhia investiu ainda em um Centro Integrado de Medição para fazer o monitoramento em tempo real e remoto de clientes ligados em alta, média e baixa tensão, permitindo, assim, detectar imediatamente qualquer unidade que tente fraudar o sistema, consumindo energia elétrica sem pagar por ela.
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