O Espírito Santo está caminhando para se tornar referência em inovação. Em 2018, quando a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) foi criada, novas portas se abriram para transformar a economia em todo o território capixaba.
A parceria entre atores importantes do setor produtivo, do governo capixaba e de integrantes da Academia começou a impulsionar ações para desenvolvimento do cenário estadual, fortalecimento e formação de novos talentos.
Como resultado, o Espírito Santo foi reconhecido como o nono mais inovador do Brasil, de acordo com o Índice Fiec de Inovação dos Estados. A conquista veio apenas dois anos após a consolidação do MCI, o que indica a mentalidade inovadora presente em solo capixaba e a tendência de crescimento exponencial em todo o território.
“Além de uma mentalidade inovadora, vejo na nossa gente um espírito empreendedor diferenciado. Se pensarmos em termos relativos, poucas unidades da federação tiveram uma trajetória recente de transformação de sua economia (nos últimos 50 anos) como o Espírito Santo. Isso se deve à liderança e clarividência de vários gestores públicos, mas sobretudo à capacidade empreendedora de nossa gente, no campo e na cidade. Na indústria, no comércio, nos serviços e na agricultura. De grandes a médios, micro e pequenos empreendedores”, afirma o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.
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A avaliação positiva, porém, ainda não é o destino final. Até 2030, o Espírito Santo planeja subir no ranking e se estabelecer entre os cinco Estados mais inovadores do Brasil. Outras metas planejadas pelo MCI são a de alcançar mil startups em atividade e a de ter 20% das empresas capixabas de tecnologia e inovação entre as 200 maiores.
Para Ferraço, não faltam iniciativas para que o Espírito Santo se torne referência em inovação. Além de citar a articulação de uma governança estruturada, a partir da criação do MCI, o secretário destaca o papel da Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes). Por meio de políticas tributárias estratégicas e programas de incentivos fiscais, a instituição se firma como potencializadora do desenvolvimento econômico, tecnológico e sustentável do Espírito Santo.
Outra instituição que também está alinhada à mentalidade inovadora e que coloca em prática os objetivos do planejamento estratégico para desenvolvimento do Estado é a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti). Visando a priorizar a inovação e a qualidade de vida do capixaba, o órgão busca promover interação entre os agentes potencializadores desse cenário.
Para o secretário da pasta, Bruno Lamas Silva, as ações estão em consonância com o desejo de crescimento. Na visão dele, não há mais como olhar para trás: os olhos do capixaba devem estar sempre no futuro inovador. “A inovação é um caminho sem volta. Ou você faz, ou você fica para trás. Se o Estado fomenta a inovação, ele está protegendo sua própria economia”, reforça.
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Tornar-se um dos cinco principais Estados inovadores do país pode até parecer uma meta ambiciosa. Mas, segundo os especialistas, o Espírito Santo segue na trajetória certa e o que não faltam são oportunidades para que os objetivos sejam alcançados. Para eles, com a aliança entre empresas, instituições, governo e Academia, o Espírito Santo pode se consolidar como referência.
Ricardo Ferraço e Bruno Lamas lembram, porém, que alguns obstáculos ainda se encontram pelo caminho. Entre os desafios citados por eles, estão o fortalecimento da governança capixaba, o incentivo à formação de mão de obra em áreas estratégicas, além de criação de cursos de capacitação. “Acredito que temos tudo para nos situarmos como um dos Estados mais inovadores do país. Mas estamos também no momento oportuno para revisitar o que foi traçado na fundação do MCI e fortalecer sua governança, inclusive com a profissionalização da sua estrutura de gestão”, detalha o vice-governador.
Segundo Lamas, o planejamento estratégico e o equilíbrio entre os atores são a fórmula perfeita para garantir que as metas sejam alcançadas.
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