Mar, montanha, dunas, cachoeiras, gastronomia, história, cultura, fé e desenvolvimento econômico. Do turismo religioso ao turismo de negócios, a diversidade faz do Espírito Santo um lugar ideal para todo tipo de atividade turística e é um dos principais agentes para a retomada do crescimento econômico no Estado.
Fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus, o setor encolheu 60% no segundo trimestre de 2020 fechou mais de 6.100 postos formais de trabalho, de acordo com o Boletim Economia do Turismo no Espírito Santo, realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) em parceria com a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapes).
Os segmentos de hospedagem, transportes, agências de viagens e atividades de lazer, eventos e negócios estão entre os mais afetados. “Esses dados retratam o auge da pandemia. Sem viagens, nenhuma das atividades do turismo fatura. Tínhamos programado uma série de eventos de grande porte, como as feiras econômicas internacionais, que impactam toda a cadeia de negócios do turismo. E a pandemia afetou esse planejamento”, explica o secretário de Estado de Turismo, Dorval Uliana.
Mas o momento atual é de recuperação, e as expectativas para o pós-pandemia são otimistas. O secretário destaca que nos portais de operadores de turismo já se observa um esgotamento de vagas e pacotes para os principais destinos do Estado, comprovando que há um atendimento à demanda reprimida pela pandemia.
O secretário reforça que a gestão da crise é estrutural para a retomada do turismo. “O turismo de negócios, por exemplo, foi fortemente impactado pela redução da própria atividade econômica”, aponta.
Enquanto a recuperação da economia não vem, o processo de readaptação do setor inclui mudanças de protocolo no turismo de lazer, com as empresas adotando novas estratégias para retomar as atividades, acompanhando as necessidades dos clientes. Com a reabertura de alguns destinos turísticos, as viagens curtas de dois ou três dias e os famosos “bate-volta” são a aposta para o atual momento.
A empresária Michele Dórea tem acompanhado essa tendência. “Muita gente se sente insegura para fazer viagens mais longas. E em muitos Estados há restrições para entrar com ônibus. Além disso, pousadas e hotéis não podem reservar a capacidade máxima. Por isso, estamos priorizando passeios ao ar livre, como trilhas, praias e cachoeiras. O Espírito Santo tem lugares maravilhosos que o próprio capixaba não conhece”, disse a empresária, que dá preferência ao turismo regional em sua agência de viagens.
Em relação às readaptações no segmento de hospedagem, hotéis e pousadas, seguindo os protocolos sanitários do governo do Estado e da Organização Mundial da Saúde (OMS), têm adotado medidas como reduzir o número de quartos ocupados para manter o distanciamento, intensificar a desinfecção de ambientes individuais e coletivos e reforçar o uso de máscaras e o controle de temperatura de funcionários e hóspedes.
Essas ações visam a compensar as perdas registradas nos últimos meses e permitir uma retomada das atividades que, para muitos empresários, ficaram totalmente estagnadas durante o período mais crítico da pandemia. Esse é o caso de Cristiano Zanetti Monjardim.
Criador da Casa Monjardim, que funciona desde 2017 em Vitória, Cristiano apostou na novidade do empreendimento: oferecer uma experiência diferenciada de hospedagem, agregando a informalidade do hostel com a organização de um hotel.
Mas, com a pandemia, a ideia inovadora foi comprometida. “Estávamos realizando grandes investimentos estruturais, como a implantação de um sistema de entrada por chaveiros eletrônicos, que abrem as portas por aproximação. Contudo, a pandemia nos levou ao fechamento total desde março. E assim estamos, sem previsão de retomada no momento, o que gerou impactos financeiros e emocionais”, revelou o empresário, que já tem se preparado para a recuperação do negócio no pós-pandemia.
“Para a segurança dos hóspedes e minha como morador da casa, o check-in será digital; tapetes sanitizantes para desinfecção das solas dos calçados estarão dispostos nas entradas; as áreas comuns terão dispenser de álcool 70% e utilizaremos termômetros digitais para medição de temperatura por aproximação. Reformaremos alguns espaços para oferecer mais banheiros privativos e regulamentaremos o fluxo de pessoas nas cozinhas, que são de uso coletivo e um dos nossos diferenciais”, destacou.
Para estimular a retomada do turismo no Espírito Santo, a Setur incentiva as empresas a adotarem o selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, criado pelo Ministério do Turismo. O selo é um incentivo para que os turistas se sintam seguros ao viajar e frequentar locais que cumpram protocolos para a prevenção da Covid-19.
Por meio da certificação, que pode ser solicitada gratuitamente no site www.turismo.gov.br/seloresponsavel, o turista poderá consultar as medidas adotadas por aquele empreendimento ou profissional e denunciar em caso de descumprimento.
O secretário de Estado de Turismo destacou, também, a participação do Espírito Santo na Abav Collab, a feira mais importante para o setor. Na edição deste ano, que ocorreu de forma virtual, a Setur manteve um estande no qual disponibilizou espaço para os empresários locais apresentarem seus produtos e divulgou, no espaço do Ministério do Turismo, as dez regiões turísticas do Estado.
“Foi um investimento para divulgar o potencial das regiões turísticas do Estado e mostrar que temos uma gestão pública eficiente. Somos o único Estado do país a fornecer crédito para as empresas do turismo, por meio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Essa linha de crédito especial funcionou como um respirador para as empresas de turismo se manterem ativas”, destaca Uliana.
SAIBA COM FOTOS: Conheça as regiões turísticas do ES
Praias, gastronomia, turismo religioso, folclore, patrimônio histórico, teatros, museus, turismo de aventura, ecoturismo, parques, eventos, pesca marítima esportiva, agroturismo, badalação e a riqueza musical capixaba, fazem parte das opções de turismo, negócios e lazer na região. Municípios: Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.
Composta por nove municípios que têm forte influência europeia. Os descendentes mantêm as tradições alemãs, italianas, austríacas, pomeranas e polonesas herdadas dos imigrantes. O clima ameno dá um charme especial à região. Com sua cultura, história, música, danças, gastronomia, festas típicas, agroturismo e sua hospitalidade, as cidades e os moradores encantam os visitantes. Municípios: Afonso Cláudio, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante.
Montanhas, rios, cachoeiras, história e cultura são alguns dos atrativos turísticos da região. Os municípios que compõem a rota foram colonizados por imigrantes europeus e seus descendentes, que vivem no local e preservam suas tradições. Destaca-se também os cultivos de uvas, maçãs e morangos, com a agricultura familiar, que possuem sítios abertos a visitação e frutos que podem até ser colhidos pelos próprios visitantes. Municípios: Ibiraçu, Itaguaçu, Itarana, João Neiva, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Santa Teresa.
Ideal para a prática do turismo de aventura, do ecoturismo e do agroturismo, a Região do Caparaó é formada por dez municípios que ficam no entorno do Parque Nacional do Caparaó. A Região tem parte da Serra do Mar e da Mantiqueira, o Pico da Bandeira, terceiro mais alto do Brasil, e o Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça. O Parque Nacional e seu entorno encantam por conta de suas belezas naturais, bucolismo, misticismo, gastronomia, cultura e história. Municípios: Alegre, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iúna, Irupi, Jerônimo Monteiro e Muniz Freire.
Fica no litoral norte capixaba. Possui riquezas naturais e culturais que convidam o turista a descobrir a história e vivenciar o bucolismo das inúmeras e belas praias, rios e lagos. Em pontos lugares reúnem até mais de uma atração. A Região contém o maior complexo lacustre do Sudeste brasileiro, dunas em frente ao mar, e também abriga reservas das tribos Tupiniquins e Guarani, além de reservas biológicas. Municípios: Aracruz, Conceição da Barra, Linhares, e São Mateus.
Oferece diversas opções de turismo, como aventura, ecoturismo, turismo rural, religioso, cultural, gastronômico e de negócios e eventos. O turismo de negócios é o mais forte da Região, devido às potencialidades econômicas concentradas nos mercados de mármore e granito, confecções e vestuário e produção rural diversificada. As belezas naturais e os atrativos, principalmente religiosos, se destacam na região. Municípios: Colatina, Governador Lindenberg, Mantenópolis, Pancas e São Domingos do Norte.
Rica em belezas naturais e culturais, recebeu esse nome devido sua forte produção de frutas (Doce), sua característica de terras planas e férteis (Terra), por sua brasilidade e principalmente por sua deliciosa carne de sol (Morena), considerada a melhor do Estado. Possui rios e cachoeiras que proporcionam prática da pesca e do turismo de aventura com o rafting. O agroturismo, o artesanato e agricultura familiar são as principais atividades da região. Municípios: Montanha e Mucurici.
Composta por três cidades, que reúnem lazer, belezas naturais, cultura e bons negócios. Lá fica o principal polo do Brasil no setor de mármore e granito. Além disso, um patrimônio histórico com palácios espalhados pelas cidades, alguns deles tombados. Também destacam-se os casarios que retratam a cultura da época colonial e resgatam os costumes e tradições dos povos libaneses, italianos e portugueses, e uma rica história que teve começo na produção e exportação de café no período colonial. Municípios: Cachoeiro de Itapemirim, Mimoso do Sul e Muqui.
De um lado, lindas praias, algumas delas semidesertas e com falésias, ideal para prática da tirolesa. De outro lado, belas cachoeiras que são um convite para esportes radicais como rapel e rafting, além de rampas para voo livre e também lugares para trilhas. Municípios: Alfredo Chaves, Anchieta, Iconha e Piúma.
Tem força no ramo de mármore e granito. Possui atrativos diversos como artesanato, patrimônio histórico e cultural, cachoeiras, agroturismo e ecoturismo e festas típicas. Na gastronomia, a carne de sol é o destaque da Região. Municípios: Boa Esperança, Nova Venécia, São Gabriel da Palha e Vila Pavão.
Fonte: Setur-ES
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