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Usina fotovoltaica, porto e ferrovia vão movimentar negócios no Litoral Sul do ES

Usina fotovoltaica, porto e ferrovia vão movimentar negócios no Litoral Sul do ES

Microrregião é a com o maior valor de projetos orçados no Estado. Serão aportados ao todo R$ 42,5 bilhões em obras públicas e privadas

Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 09:00

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Projeto do Porto Central, em Presidente Kennedy
Após mais de dez anos de expectativa, Porto Central começou a ser construído em Presidente Kennedy. (Divulgação)

Os municípios que compõem a Microrregião do Litoral Sul do Espírito Santo têm muitas particularidades que os diferenciam, mas apresentam um objetivo em comum: crescer ainda mais economicamente e fazer com que essas riquezas se revertam em melhoria para a população.

Até 2028, estão mapeados 78 projetos para a área, que totalizam R$ 42,5 bilhões, colocando essa microrregião no topo do ranking dos investimentos previstos para o Estado, segundo levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

Dos 15 municípios com investimentos de mais de R$ 1 bilhão estimados até 2028 para o Estado, cinco estão na região: Presidente KennedyAnchietaPiúma, Itapemirim e Marataízes. Entre as iniciativas que prometem alavancar o progresso no local está a construção da ferrovia Vitória-Rio (EF 118), ligando na primeira etapa da obra Santa Leopoldina (Central Serrana) a Anchieta. Numa segunda fase, a estrada de ferro vai chegar a Presidente Kennedy e Açu (RJ), para, no futuro, conectar-se à Capital do Rio de Janeiro.

O projeto básico de engenharia detalhando os 92,8 km do traçado na porção capixaba foi entregue ao governo estadual em julho de 2024. A expectativa é que as obras comecem em 2025.

Também em Presidente Kennedy, começou a ser construído o Porto Central, após mais de dez anos de espera. A primeira fase das obras, iniciadas em dezembro de 2024, tem conclusão prevista para meados de 2027, quando já entrará em operação.

Com um formato de porto-indústria, o terminal vai atender a setores como petróleo e gás, minério, granito, agricultura, indústria automobilística, entre outros. O complexo industrial e portuário pode chegar a dispor de 20 milhões de metros quadrados de área operacional, tendo capacidade para receber os maiores navios do mundo, com mais de 20 metros de calado.

A expectativa é de que o ambicioso projeto se consolide até 2040 e receba US$ 2,9 bilhões (mais de R$ 17 bilhões) apenas em infraestrutura. Os negócios que se instalarão no complexo portuário industrial devem alcançar um volume de investimentos que se aproxima dos R$ 200 bilhões.

Em Anchieta, a Samarco Mineração planeja ampliar a capacidade de produção da planta de Ubu, com aporte de recursos de R$ 1,6 bilhão. Depois da tragédia do rompimento das barragens de Mariana (MG), em novembro de 2015, a mineradora ficou sem operar até dezembro de 2020, quando recebeu dos órgãos ambientais o aval para a retomada do funcionamento. A primeira a voltar a produzir pelotas de minério foi a 4ª Usina. Agora, a segunda pelotizadora deve voltar a funcionar. Antes da tragédia, a Samarco respondia por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

Unidade de Ubu da Samarco
Samarco vai investir R$ 1,6 bilhão para ampliar capacidade de produção. (Divulgação)

Também está prevista na região a instalação de usinas fotovoltaicas, com investimento de R$ 200 milhões. A que ficará em Presidente Kennedy é um investimento da Apolo Solar, empresa especializada no segmento.

De acordo com o Balanço Energético do Estado do Espírito Santo de 2021, o município está entre as regiões do Estado com maior índice de radiação solar, com capacidade de geração de 5,58 kWh/m2/dia, tornando-se um atrativo decisivo para a geração de energia limpa.

O setor de energia é o que receberá a maior parte do volume de investimento previsto para a microrregião até 2028. No total, serão R$ 30, 8 bilhões. Na sequência, está a área de transportes, com R$ 7,5 bilhões e a expectativa de duplicação da BR 101. Os municípios também são alvo de propostas de geração de energia eólica offshore (alto-mar), mas que aguardam análise dos órgãos ambientais para viabilizá-las ou não

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