As organizações de segurança pública, defesa social e de justiça desempenham a relevante missão de garantir a ordem e a segurança da sociedade, preservando os direitos e garantias fundamentais do cidadão, tarefas que exigem decisões rápidas e complexas.
Por consequência, muitos estão sofrendo com sobrecarga física e emocional. A partir da pesquisa social e prática policial, pode-se perceber que existem políticas conflitantes entre os atores da segurança pública. Esses processos passaram a ser evidenciados no início da década de 1990, considerando-se, então, neste período, a transição da Psicopatologia do Trabalho para a Psicodinâmica do Trabalho.
Pensando em uma prática pioneira no âmbito do serviço público, com o objetivo de apontar e sugerir políticas que sejam vitais para a promoção da saúde dos servidores da Segurança Pública, Defesa Social e Justiça, atuando de forma integrada pelas instituições que dela fazem parte, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo (Sesp) criou a Copas (Comissão Permanente de Atenção à Saúde dos Servidores da Segurança Pública), que desenvolve suas ações desde 2019, sendo constituída por instituições de segurança pública, defesa social e de justiça no Espírito Santo, com caráter consultivo e deliberativo, vinculada à Sesp.
A Copas tem como finalidade legitimar a integração sistêmica entre os organismos, visando fomentar a atenção e cuidado com a saúde dos profissionais das áreas citadas. Ainda, tem como objetivo participar da formulação de políticas de preservação e valorização da vida, da segurança no trabalho, buscando garantir e implementar a saúde e a qualidade de vida.
Bem como sugerir e deliberar a aplicação dos recursos públicos destinados ao atendimento dos objetivos propostos, com a responsabilidade de exercer o papel social de acompanhar a alocação dos recursos financeiros do Fundo do Sistema Único de Segurança Pública destinados a atenção e cuidados com a saúde. Buscar o respeito e a garantia da dignidade e dos direitos positivados em lei, pertinentes aos profissionais das áreas em apreço e implementar a assistência biopsicossocial no exercício da atividade laboral.
O reconhecimento, por parte dos gestores, da relação entre o trabalho e o adoecimento mental é o primeiro passo para a melhoria dos ambientes e processos, resultando na prevenção desses agravos e na promoção da saúde do trabalhador.
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Levando em consideração os níveis de tensões vivenciadas diariamente pelos componentes das forças policiais, os profissionais lidam com riscos reais e imaginários na profissão e são submetidos aos mais variados fatores de estresse e risco. Precisamos mais do que nunca: “cuidar daqueles que cuidam de nossa sociedade”.
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