As provas discursivas da Fuvest e da Unicamp exigem não apenas conhecimento dos estudantes, mas também habilidades de redação e argumentação para estruturar respostas claras e bem fundamentadas. Para ajudar os vestibulandos a se destacarem, o professor Michel Arthaud, da plataforma Professor Ferretto, compartilha dicas valiosas para ter um bom desempenho na segunda fase desses vestibulares. Confira!
A leitura atenta do enunciado é a primeira e mais importante etapa para uma boa resposta. “Muitos candidatos erram logo ao não compreender a questão”, alerta o professor. Ele enfatiza que é crucial entender exatamente o que está sendo pedido.
“Leia com calma, sublinhe palavras-chave e identifique os elementos principais da questão. Isso garante que sua resposta esteja totalmente alinhada ao que o corretor espera”, explica. Além disso, Michel Arthaud recomenda que, ao responder, o candidato evite adicionar informações desnecessárias que não estão relacionadas ao enunciado. Isso ajuda a evitar desvios de foco e aumenta a clareza.
Quando o tempo é limitado, como nas provas discursivas, a clareza e objetividade se tornam diferenciais. “O corretor tem que corrigir muitas provas e não há tempo para rodeios. Ser direto ao ponto mostra que você domina o conteúdo e facilita o trabalho de quem está corrigindo”, afirma Michel Arthaud. Para isso, ele sugere que o candidato evite frases longas e complexas. “Em vez de elaborar uma explicação extensa, procure ser o mais claro e preciso possível”.
Ele também recomenda que, ao introduzir um conceito, você mostre como ele se aplica à questão. “Inicie com a ideia central e depois desenvolva-a de maneira lógica. Respostas objetivas e concisas têm mais chances de serem bem avaliadas”, explica o professor.
O formato clássico de estruturação do texto continua sendo o mais eficiente. “Uma boa organização permite que o corretor compreenda facilmente seu raciocínio”, destaca o professor. Ele orienta os candidatos a não pularem etapas. “A introdução deve apresentar claramente o tema da questão. O desenvolvimento é onde você expõe suas argumentações e soluções, e a conclusão serve para retomar o assunto e reafirmar sua posição ou solução de forma conclusiva”, resume.
No caso das questões mais abertas ou dissertativas, ele aconselha que a introdução seja direta e clara sobre o ponto de vista adotado. “Não deixe o corretor adivinhar qual é a sua opinião. Mostre logo de cara que você está pronto para argumentar e apresentar soluções”, enfatiza.
A conclusão deve sintetizar os principais pontos discutidos e garantir que a resposta esteja completa. “Evite terminar com algo vago ou sem um fechamento adequado”, sugere Michel Arthaud.
Quando o assunto são as disciplinas de exatas, como Matemática, Física ou Química, a clareza nos cálculos e na resposta final é imprescindível. “Muitas vezes, os candidatos fazem todo o processo corretamente, mas a resposta final acaba perdida em meio aos cálculos”, alerta Michel Arthaud. Ele sugere que, após apresentar todos os passos necessários, o candidato destaque a resposta final. “Isso ajuda o corretor a localizar rapidamente a solução e facilita a correção”.
Além disso, o professor enfatiza a importância de mostrar o raciocínio por trás dos cálculos. “Mesmo em exatas, não basta apresentar o resultado; é preciso demonstrar de forma clara como ele foi alcançado, sem omitir nenhum passo importante”, alerta o professor.
O tempo do corretor também é um fator importante. “Quanto mais objetiva e bem-organizada for a sua resposta, melhor será a avaliação”, afirma Michel Arthaud. O professor recomenda que o candidato evite repetições e jargões desnecessários, pois isso pode prejudicar a clareza e resultar em uma correção mais demorada. “Em vez de estender a resposta com exemplos desnecessários ou explicações excessivas, concentre-se em fornecer o essencial de forma direta e bem-estruturada”, explica.
O especialista também destaca que a legibilidade do texto é fundamental. “Evite rasuras, escreva de forma clara e legível. O corretor pode se distrair ou se cansar ao tentar ler um texto ilegível, o que pode prejudicar a avaliação”, conclui Michel Arthaud.
Por Yasmin Paneto
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