RIO DE JANEIRO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, voltou a defender a ampliação de direitos trabalhistas, a criação de empregos e a retomada de programas sociais que marcaram a sua gestão, como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o investimento em universidades públicas, na manhã desta sexta-feira (9).
Durante comício com pastores e evangélicos em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o petista seguiu a estratégia da campanha e focou nas questões econômicas e sociais ao falar ao eleitorado religioso.
"Colocamos o Bolsa Família no nome da mulher porque elas têm mais responsabilidade que homens (...) A carteira verde amarela cortou direito a férias, Natal, Ano Novo. O povo precisa de garantias. Vamos voltar a ter aumento de salário mínimo todo ano", disse o ex-presidente ao lado de seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB).
Lula criticou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) por "usar a religião e as igrejas" para ganhos eleitorais. Em um aceno ao público, o petista disse que o Estado não deve ter religião ou igreja.
"O Estado não deve ter religião, não deve ter igrejas. Ninguém deve usar o nome de Deus para ganhar votos como é feito hoje. Já fui candidato 5 vezes. Nunca fui pedir votos em igrejas. Se tem um brasileiro que não precisa provar que acredita em Deus, esse brasileiro sou eu", disse.
O petista relembrou que foi criada em seu governo a Lei da Liberdade Religiosa, em 2003, e disse que fará um governo sem distinção de cor, credo ou classe social.
O ato eleitoral contou com a participação de pastores da Assembleia de Deus, de igrejas Batista, Quadrangular, Presbiterianas, entre outras determinações evangélicas. O comício começou por volta das 10h, com discursos de líderes religiosos em defesa do ex-presidente Lula.
Os discursos foram intercalados com vídeos de campanha voltados para o público evangélico e apresentações gospel. O tradicional jingle "Sem medo de ser feliz", reedição da música usada na primeira campanha presidencial de Lula, em 1989, ficou de fora do repertório do evento. A versão atual conta com a voz de Pablo Vittar, Duda Beat e Martinho da Vila.
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