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Aliada fiel de Bolsonaro, Bia Kicis vai presidir a CCJ da Câmara

Aliada fiel de Bolsonaro, Bia Kicis vai presidir a CCJ da Câmara

Deputada do PSL é investigada no STF e comemorou fim do lockdown em Manaus em meio à pandemia de Covid-19

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 21:52- Atualizado há 4 anos

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Deputada federal Bia Kicis (PSL-DF)
Deputada federal Bia Kicis é bolsonarista. (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Uma das mais fiéis escudeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada Bia Kicis (PSL-DF) foi escolhida pelo novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para presidir a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

A CCJ é uma das principais comissões da Câmara e desempenha papel importante no processo legislativo. É considerada uma vitrine e motivo de status para os deputados por ter entre suas atribuições, por exemplo, a análise da admissibilidade de pedidos de impeachment de presidentes.

Bia Kicis é procuradora do Distrito Federal aposentada – atuava como advogada pública, defendendo o governo do DF, não integrava o Ministério Público – e uma das principais defensoras de Bolsonaro na Câmara. Em uma rede social, ela respondeu a uma mensagem que a parabenizava pelo posto.

"É uma grande honra para mim e muita responsabilidade para a qual meus 24 anos como procuradora, um ano como 1ª vice-presidente da CCJ e meu amor pelo Brasil me habilitam, com fé em Deus!", escreveu.

O último presidente da CCJ foi Felipe Francischini (PSL-PR), que se aliou ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE), na briga com Bolsonaro que rachou o PSL.

A indicação de Bia fez parte de uma costura de Bivar para ficar com a 1ª secretaria da Câmara, cargo que equivale a uma "prefeitura da Casa".

Segundo o acordo, Bia presidiria a CCJ, enquanto o Major VItor Hugo (PSL-GO) passaria a liderar o partido caso concordassem com o nome de Bivar para a 1ª secretaria da Mesa Diretora.

COMEMOROU FIM DO LOCKDOWM EM MANAUS

Bia costuma acompanhar o presidente Bolsonaro em decisões controversas. Em dezembro, por exemplo, comemorou o fim do lockdown em Manaus. Semanas depois, a cidade registrou picos de casos de Covid-19, e internautas resgataram tuítes da parlamentar para criticá-la.

Deputada Bia Kicis comemorou, em dezembro, flexibilização de medidas contra a Covid-19 em Manaus
Deputada Bia Kicis comemorou, em dezembro, flexibilização de medidas contra a Covid-19 em Manaus. (Reprodução/Twitter)

Ela também é uma das bolsonaristas investigadas no inquérito das fake news, que corre no STF (Supremo Tribunal Federal).

O então presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou à época da abertura da investigação que o inquérito era necessário "considerando a existência de notícias fraudulentas, denunciações caluniosas, ameaças e infrações que atingem a honorabilidade do STF, de seus membros e familiares".

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