O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), criticou mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) via redes sociais ao afirmar que ele diz pregar a democracia, mas fica em silêncio diante das agressões sofridas por jornalistas em manifestação da qual participou neste domingo (3).
"Alimentar o caos é o único plano de governo do presidente", afirmou Witzel em postagem no Twitter, logo após replicar reportagem que relata que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, murros e empurrões a equipe de profissionais do jornal que acompanha uma manifestação pró-governo realizada em Brasília.
O fotógrafo Dida Sampaio registrava imagens do presidente em frente a rampa do Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, numa área restrita para a imprensa quando foi agredido.
Mais cedo, o governador fluminense afirmou que enquanto o ponto básico de atenção no mundo inteiro é manter o isolamento social, o presidente do Brasil segue em caminho contrário, "mandando as pessoas para o corredor da morte". Witzel questionou: "Até quando o presidente vai tratar a covid-19 como um resfriadinho?".
O governador do Rio é um dos principais atores da guerra política instaurada entre o presidente e governadores em meio à pandemia do novo coronavírus. Em artigo publicado ontem no jornal O Globo, Witzel pediu que o mandatário pare de incendiar o Brasil e assuma sua responsabilidade em ajudar os Estados no enfrentamento da pandemia do coronavírus.
"(O presidente) não consegue ter conosco (os Estados) uma relação institucional. Quer jogar nas nossas costas a culpa de tudo. Não vai ser assim, presidente. Assuma sua responsabilidade. Ou sua irresponsabilidade", escreveu.
Na semana passada Bolsonaro voltou a dizer que não se responsabiliza pelas mortes pela covid-19 e que "a conta" deve ser direcionada aos governadores e prefeitos que adotaram medidas de restrição.
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